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Opositores sírios deixam NY em protesto por ataques a Aleppo

A delegação da Comissão Suprema para as Negociações na Síria suspendeu neste domingo sua visita a Nova York, onde participava da Assembleia Geral da ONU


	Aleppo: as tentativas para estender o cessar-fogo na Síria, que acontecem em Nova York, fracassaram até o momento
 (REUTERS/Abdalrhman Ismail)

Aleppo: as tentativas para estender o cessar-fogo na Síria, que acontecem em Nova York, fracassaram até o momento (REUTERS/Abdalrhman Ismail)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2016 às 14h56.

Riad - A delegação da Comissão Suprema para as Negociações na Síria, órgão da oposição no diálogo, suspendeu neste domingo sua visita a Nova York, onde participava da Assembleia Geral da ONU, e não irá a Washington, disse à Agência Efe um porta-voz dos opositores.

Riad Nasan Aga afirmou que a delegação oficial cancelou a visita "em protesto pelo silêncio (internacional) em relação aos massacres (que estão sendo cometidos) em Aleppo", cidade do norte da Síria que vem sendo palco de intensos bombardeios desde a última sexta-feira.

Aga acrescentou que a Comissão, cuja sede fica em Riad, na Arábia Saudita, vai se reunir com os grupos opositores armados no terreno para coordenar suas reações aos "incidentes trágicos de Aleppo", sem oferecer mais detalhes, em alusão aos ataques e bombardeios do exército sírio e da aviação russa.

Representantes dos negociadores sírios estão participando da Assembleia Geral da ONU em Nova York, onde realizaram contatos para promover o processo de paz na Síria.

Estava previsto que eles se dirigissem posteriormente à capital dos EUA para se reunirem com representantes do governo americano, mas essa última etapa da viagem não vai mais acontecer, segundo Aga.

As tentativas para estender o cessar-fogo na Síria, que acontecem em Nova York em paralelo à Assembleia Geral da ONU, fracassaram até o momento.

O enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, denunciou hoje que pelo menos 139 pessoas morreram nos últimos dias na zona leste de Aleppo, que vive "a pior semana" nos seis anos do conflito armado que abala o país.

"Não há nada que justifique o que está acontecendo diante de nossos olhos", afirmou De Mistura em pronunciamento no Conselho de Segurança das Nações Unidas, que está reunido para discutir a escalada da violência em Aleppo. 

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