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Opositores se mobilizam após boicotarem eleições

Os opositores tailandeses voltaram a protestar nesta segunda, decididos a derrubar o governo

Manifestantes contrários ao governo se reúnem em Bangcoc: opositores perturbaram com eficácia as eleições de domingo (Pornchai Kittiwongsakul/AFP)

Manifestantes contrários ao governo se reúnem em Bangcoc: opositores perturbaram com eficácia as eleições de domingo (Pornchai Kittiwongsakul/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2014 às 09h32.

Bangcoc - Os opositores tailandeses voltaram a protestar nesta segunda-feira, decididos a derrubar o governo, um dia após eleições legislativas que eles se encarregaram de perturbar ao máximo.

Centenas de manifestantes saíram às ruas nesta segunda-feira para deixar claro que as legislativas de domingo não mudam sua determinação em acabar com o governo da primeira-ministra Yingluck Shinawatra, acusada de ser manipulada por seu irmão Thaksin, ex-chefe de governo deposto pelo exército em 2006 e exilado desde então.

Na manhã desta segunda-feira não haviam sido publicados nem mesmo resultados parciais das legislativas.

Também não estava disponível nenhum número de participação e a publicação de resultados pode levar semanas ou até mesmo meses.

Os opositores perturbaram com eficácia as eleições de domingo, impedindo o transporte de cédulas e1 urnas, e forçando o fechamento de 10.000 colégios eleitorais, 10% do total.

"Está claro que é preciso invalidar a eleição", declarou nesta segunda-feira Akanat Promphan, porta-voz dos manifestantes, no início do protesto.

"A Constituição estipula que a eleição deve ser realizada em apenas um dia. Mas foi impossível", já que, com o boicote dos opositores, as cédulas e as candidaturas foram bloqueadas em muitas circunscrições, declarou Promphan.

O partido no poder e grande favorito, o Puea Thai, afirma, no entanto, que a eleição ocorreu na maior parte do país, depois de três meses de crise política com os opositores, que não cessam sua mobilização contra o governo.

A oposição, uma aliança de elementos ultramonárquicos e eleitores fartos do "clã Shinawatra", tem em comum seu ódio a Thaksin Shinawatra, que, segundo eles, segue governando através de sua irmã Yingluck.

Os opositores exigem a substituição do atual governo por um conselho do povo não eleito, e a realização de eleições em menos de um ano.

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