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Opositora ucraniana Timoshenko termina com greve de fome

A ex-primeira ministra do país realizava a greve desde 20 de abril para protestar contra os episódios de violência que supostamente sofreu na prisão

Timoshenko está presa desde agosto de 2011 e foi condenada em outubro a sete anos de prisão por abuso de poder
 (AFP)

Timoshenko está presa desde agosto de 2011 e foi condenada em outubro a sete anos de prisão por abuso de poder (AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2012 às 12h52.

Kharkiv - A ex-primeira-ministra ucraniana Yulia Timoshenko encerrou nesta quarta-feira à greve de fome que realizava desde 20 de abril, declarou o médico alemão Lutz Harms, que a trata no hospital de Kharkiv, no leste da Ucrânia.

"Interrompeu sua greve de fome. Agora vai seguir um regime alimentar normal", disse Harms a jornalistas no hospital para onde a política foi levada nesta quarta-feira proveniente da prisão de Kharkiv.

Este médico saiu de um hospital de Berlim e viajou à Ucrânia para se ocupar exclusivamente da saúde de Timoshenko, segundo a vice-ministra ucraniana de Saúde, Raissa Moisseenko.

O médico levou medicamentos para a paciente, que sofre com várias hérnias de disco, segundo a vice-ministra.

Líder da revolução laranja na Ucrânia em 2004, Timoshenko está presa desde agosto de 2011 e foi condenada em outubro a sete anos de prisão por abuso de poder. A opositora sempre denunciou o julgamento como uma vingança pessoal do presidente Viktor Yanukovich, eleito em 2010.

Com sua greve de fome, a política queria protestar contra os episódios de violência que supostamente sofreu na prisão.

As críticas dos países ocidentais em relação à situação de Timoshenko se multiplicaram nos últimos dias. Kiev anunciou na terça-feira o cancelamento de uma cúpula de líderes da Europa central prevista para o fim desta semana e que havia sido boicotada pela maioria dos convidados.

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