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Opositor venezuelano detido é encontrado morto em cela

Rodolfo González foi detido em abril de 2014 sob a acusação de 'formação de quadrilha, posse de explosivos e tráfico de armas de fogo'


	Guardas desmantelam acampamento de opositores na Venezuela: 40 pessoas permanecem presas por crimes relacionados à violência nos protestos, dos quais 12 são policiais
 (Carlos Becerra/AFP)

Guardas desmantelam acampamento de opositores na Venezuela: 40 pessoas permanecem presas por crimes relacionados à violência nos protestos, dos quais 12 são policiais (Carlos Becerra/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2015 às 13h28.

Caracas - O opositor venezuelano Rodolfo González, preso durante os protestos antigovernamentais do início de 2014, foi encontrado morto em uma prisão militar da Venezuela, informou nesta sexta-feira sua filha, Lissette González, que não explicou as causas da morte.

'Estamos saindo do Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência). Lamento confirmar que meu pai morreu ontem à noite', informou González em mensagem divulgada por meio do Twitter, horas após ter anunciado que seu pai seria levado para outra prisão.

Dirigentes políticos da oposição venezuelana, que consideram Rodolfo González um 'preso político', afirmaram que o opositor foi achado morto dentro de sua cela, onde ele teria se suicidado.

'Nos informam que o preso político Rodolfo Gonzalez apareceu morto em sua cela. Supostamente se matou', escreveu em mensagem no Twitter a deputada Delsa Solorzano, que acusou ao governo de Nicolás Maduro de prender 'inocentes'.

'Enquanto o regime seguir perseguindo e encarcerando inocentes só por pensarem diferente, seguirá enchendo a Venezuela de luto', escreveu.

Segundo a imprensa local, Rodolfo González, de 63 anos, foi detido em abril de 2014 sob a acusação de 'formação de quadrilha, posse de explosivos e tráfico de armas de fogo' e, desde então, permanecia em uma cela do Serviço de Inteligência venezuelano.

A Venezuela viveu uma onda de protestos contra o governo de Nicolás Maduro no início do ano passado, que se prolongou com grande intensidade durante cerca de quatro meses, deixando um saldo oficial de 43 mortos, centenas de feridos e milhares de detidos.

O Ministério Público disse que 40 pessoas permanecem presas por crimes relacionados à violência nos protestos, dos quais 12 são policiais. 

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