Muro com imagem do presidente venezuelano, Hugo Chávez: Chávez, hospitalizado em Cuba, deveria reassumir o poder na quinta-feira, 10 de janeiro. (REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)
Da Redação
Publicado em 11 de janeiro de 2013 às 16h19.
Caracas - A oposição venezuelana lamentou nesta sexta-feira que o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, tenha aceitado o adiamento por tempo indeterminado da posse do presidente Hugo Chávez e ressaltou que a organização deveria ter se pronunciado depois de ouvir seus argumentos em uma audiência marcada para terça-feira.
"A declaração do secretário-geral da OEA é francamente lamentável. Ao lê-la, não pude evitar uma profunda decepção", disse o secretário executivo da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), Ramón Guillermo Aveledo, em uma nota divulgada pelo grupo.
Insulza "não deveria ter se precipitado ao se referir ao fundo da questão sem tê-la ponderado e sem ter recebido nossos argumentos" durante uma audiência que concedeu à MUD para 15 de janeiro, acrescentou.
Chávez, hospitalizado em Cuba devido a uma recorrência do câncer do qual sofre desde 2011, deveria reassumir o poder na quinta-feira, 10 de janeiro, diante do Parlamento depois de ter sido reeleito em 7 de outubro, mas na quarta o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) decidiu que ele tome posse quando estiver em condições.
Nesta sexta, Insulza considerou que o debate em torno da posse de Chávez "já foi resolvido pelos três poderes do Estado da Venezuela: o Executivo estabeleceu, o Legislativo debateu, e o Judiciário resolveu", disse em declarações reproduzidas pela Organização de Estados Americanos (OEA).