Mundo

Oposição venezuelana abandona definitivamente diálogo com governo

Segundo a MUD, a experiência de diálogo "é um capítulo encerrado que não voltará a se abrir"

Venezuela: opositores acusam o governo venezuelano de "dinamitar" o diálogo (Nacho Doce / Reuters)

Venezuela: opositores acusam o governo venezuelano de "dinamitar" o diálogo (Nacho Doce / Reuters)

E

EFE

Publicado em 26 de janeiro de 2017 às 12h26.

Caracas - A aliança opositora venezuelana Mesa da Unidade Democrática (MUD) anunciou nesta quinta-feira sua decisão de abandonar definitivamente o diálogo com o governo de Nicolás Maduro, apesar das tentativas dos observadores internacionais de relançar as conversas.

"A experiência de diálogo que se desenvolveu na Venezuela de 30 de outubro a 6 de dezembro de 2016 é um capítulo encerrado que não voltará a se abrir", informou a MUD através de um comunicado, atribuindo a decisão ao "descumprimento" dos acordos.

Os opositores acusam o governo venezuelano de "dinamitar" o diálogo patrocinado pela União de Nações Sul-americanas (Unasul) e pelo Vaticano e que já tinha entrado em fase de revisão no início de dezembro.

Por outro lado, a aliança informou que está elaborando um documento para que "toda a sociedade democrática exponha à Comunidade Internacional suas reivindicações e propostas para a restituição do fio constitucional na Venezuela e o retorno de nosso país à democracia".

A MUD indicou que está "trabalhando intensamente e consultado diversos atores sociais, pois o que hoje ocorre na Venezuela não é uma simples resistência entre organizações políticas, mas uma luta existencial de uma nação inteira contra um projeto ideológico", e assegurou que nenhum diálogo nem negociação política terá sucesso sem o respaldo de seus cidadãos.

Acompanhe tudo sobre:Nicolás MaduroVenezuela

Mais de Mundo

Presidente do México diz que “não haverá guerra tarifária” com EUA por causa de Trump

Austrália proíbe acesso de menores de 16 anos às redes sociais

Putin ameaça usar míssil balístico de capacidade nuclear para bombardear Ucrânia

Governo espanhol avisa que aplicará mandado de prisão se Netanyahu visitar o país