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Oposição síria faz apelo por ataque a Assad e ajuda militar

Coalizão Nacional Síria conclamou potências ocidentais a realizarem rapidamente ataque punitivo contra o regime sírio e a oferecer um apoio militar e político


	Barack Obama:  presidente dos EUA estuda um ataque militar limitado contra a Síria em resposta ao suposto uso de armas químicas contra civis na semana passada
 (Jason Reed/Reuters)

Barack Obama:  presidente dos EUA estuda um ataque militar limitado contra a Síria em resposta ao suposto uso de armas químicas contra civis na semana passada (Jason Reed/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2013 às 09h03.

Paris - A Coalizão Nacional Síria, grupo de oposição ao presidente Bashar al-Assad, conclamou as potências ocidentais a realizarem rapidamente um ataque punitivo contra o regime sírio e a oferecer um apoio militar e político real para que as pessoas parem de ser "exterminadas".

O presidente dos EUA, Barack Obama, estuda um ataque militar limitado contra a Síria em resposta ao suposto uso de armas químicas contra civis na semana passada. Mas a eventual ação ocidental deve ser retardada por causa da presença de inspetores de armas da ONU nos arredores de Damasco e da necessidade de aplacar divisões parlamentares entre os políticos na Grã-Bretanha e nos EUA.

Ahmad Jarba, presidente da Coalizão Nacional Síria, disse em entrevista publicada nesta quinta-feira pelo jornal francês Le Parisien que ele a expectativa de ver um ataque contra as forças de Assad e mais apoio ao Exército Sírio Livre, principal grupo militar dos rebeldes.

Jarba, que vive no exílio, disse também que Assad deveria ser julgado no Tribunal Penal Internacional, em Haia.

"O regime de Assad tem apoio completo da Rússia, Hezbollah e Irã. Nós não temos nada. Nossos aliados não nos deram nada que pedimos. Precisamos de apoio real", disse Jarba.

"Se os Estados ocidentais, que professam valores democráticos e humanistas, ficarem quietos, Assad irá deduzir que não há obstáculo para que ele cometa crimes. Nosso povo corre o risco de ser exterminado." "Se houver intervenção, o regime não vai sobreviver por muito tempo. O essencial é tomar uma ação corajosa", prosseguiu Jarba. "Precisamos dos nossos amigos. Eles não devem ficar só nas palavras." A França diz estar disposta a punir os responsáveis pelo suposto ataque químico, mas a Grã-Bretanha mudou de posição na quarta-feira, dizendo que antes de qualquer ação militar será necessário que o Conselho de Segurança da ONU analise as conclusões dos inspetores sobre o uso de armas químicas, e que o Parlamento britânico submeta o assunto a duas votações.

Um navio militar francês, o Chavalier Paul, zarpou nesta semana do porto mediterrâneo de Toulon, disseram autoridades navais na quinta-feira, sem no entanto confirmar relatos da imprensa de que ele estaria se dirigindo para o litoral sírio.

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