Homem ferido caminha em uma rua após o que os ativistas dizem ser um ataque à bomba de forças leais ao presidente Bashar al-Assad, em Alepo, na Síria (Firas Badawi/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2014 às 20h46.
Beirute - Ativistas da oposição acusaram as forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, de um novo ataque com gás venenoso na capital do país nesta quarta-feira, publicando vídeos de quatro homens sendo tratados por médicos.
Eles disseram que o ataque químico, o quarto que a oposição relatou neste mês, foi no bairro de Harasta. A Reuters não conseguiu verificar de forma independente as filmagens ou a alegação devido às restrições ao trabalho da imprensa na Síria.
Os ativistas publicaram um vídeo no YouTube nesta quarta-feira mostrando quatro homens sendo tratados com oxigênio. Uma voz ao fundo deu a data e disse que as forças de Assad usaram "gás venenoso em Harasta", sem dizer se houve mortes.
O rosto de um dos homens parecia coberto de vômito. Ele tremia e gemia enquanto era atendido pelos médicos. De acordo com a narração, armas químicas também foram usadas em Harasta na sexta-feira.
Em dezembro, uma investigação da Organização das Nações Unidas revelou que o gás sarin provavelmente foi usado em Jobar em agosto e em várias outras localidades, incluindo Ghouta, subúrbio de Damasco dominado pelos rebeldes, onde centenas de pessoas foram mortas.
A investigação só buscava descobrir se armas químicas foram empregadas e não quem as utilizou. O governo sírio e a oposição fizeram acusações mútuas sobre o uso de armas químicas na guerra civil que já dura mais de três anos, e os dois lados negam qualquer participação.