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Oposição síria aceita transição feita por membro do regime

Porta-voz afirma que há disposição em aceitar que uma "personalidade do regime" de Bashar al-Assad dirija a Síria durante período de transição

Rebeldes sírios em Aleppo: a oposição está disposta a aceitar que uma "personalidade do regime" de Bashar al-Assad dirija a Síria durante um período de transição (Bulent Kilic/AFP)

Rebeldes sírios em Aleppo: a oposição está disposta a aceitar que uma "personalidade do regime" de Bashar al-Assad dirija a Síria durante um período de transição (Bulent Kilic/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2012 às 08h56.

Beirute - A oposição síria está disposta a aceitar que uma "personalidade do regime" de Bashar al-Assad dirija a Síria durante um período de transição após uma eventual saída do poder do questionado presidente, afirmou nesta terça-feira um porta-voz à AFP.

"Estamos de acordo com uma saída de Assad e com a transferência de seus poderes a uma das personalidades do regime para dirigir (o país) durante um período de transição, como ocorreu no Iêmen", afirmou Georges Sabra, porta-voz do Conselho Nacional Sírio (CNS), a principal instância da oposição.

Depois de um ano de revolta em seu país, o ex-presidente iemenita Ali Abdullah Saleh, no poder desde 1978, aceitou assinar um acordo segundo o qual entregou o poder por um período interino ao seu vice-presidente, em troca da imunidade para ele e seus parentes.

Na segunda-feira, os chefes da diplomacia dos países da Liga Árabe, reunidos em Doha, convocaram o presidente sírio, que enfrenta uma revolta armada, a renunciar rapidamente ao poder em troca de uma saída segura para ele e sua família, oferta rejeitada por Damasco.


"Aceitamos esta iniciativa, já que a prioridade hoje é fazer com que as mortes parem e proteger os civis sírios, e não o processo contra Assad", indicou, por sua vez, Georges Sabra.

Mas este processo é, no entanto, um "direito do qual nenhum sírio pode ser privado", destacou.

Interrogado sobre a "personalidade" do regime que seria aceita pela oposição, o porta-voz indicou que a "Síria dispõe de personalidades patrióticas, inclusive no seio do regime, e alguns oficiais do exército sírio podem ter um papel" na transição, sem dar mais detalhes.

Em janeiro, a Liga Árabe havia apresentado um plano para que Assad delegasse "prerrogativas ao vice-presidente (Faruk al-Chareh) para tratar com um governo de união nacional". Este plano também foi rejeitado por Damasco.

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