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Oposição romena pede eleições antecipadas após renúncia

Ponta, primeiro-ministro desde 2012 e atualmente réu em um caso de corrupção, anunciou hoje sua renúncia e a de todo o Executivo


	Victor Ponta: cerca de 20 mil pessoas foram ontem às ruas em Bucareste para exigir saída de Ponta e a do ministro do Interior
 (Flickr/Creative Commons)

Victor Ponta: cerca de 20 mil pessoas foram ontem às ruas em Bucareste para exigir saída de Ponta e a do ministro do Interior (Flickr/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2015 às 12h56.

Bucareste - O Partido Nacional Liberal (PNL), o principal da oposição romena, exigiu a convocação de eleições gerais antecipadas após a renúncia nesta quarta-feira do governo liderado pelo social-democrata Victor Ponta.

"As eleições antecipadas significam um novo parlamento que tenha legitimidade do voto popular", declarou Alina Gorghiu, presidente do Partido Nacional Liberal, de centro-direita.

Ponta, primeiro-ministro desde 2012 e atualmente réu em um caso de corrupção, anunciou hoje sua renúncia e a de todo o Executivo, assumindo a responsabilidade pela morte na sexta-feira de 32 pessoas no incêndio de uma boate que descumpria as normas de segurança.

Cerca de 20 mil pessoas foram ontem às ruas em Bucareste para exigir saída de Ponta e a do ministro do Interior, um protesto que também criticou a falta de combate a corrupção com a falta de controles de segurança.

"Foi uma manifestação contra a negligência, a arrogância e a corrupção na administração", afirmou Gorghiu.

O ministro romeno de Interior, Gabriel Oprea, explicou hoje que tanto Ponta como ele decidiram renunciar ontem.

"Juntos decidimos que devemos escutar a voz da rua", disse Oprea.

Ponta justificou também que deixava o poder por causa da tragédia de sexta-feira.

"Tenho a obrigação de reconhecer o enfado legítimo que existe na sociedade", indicou.

"Espero que a renúncia ao meu mandato e ao de meu governo satisfaçam os pedidos dos manifestantes", prosseguiu Ponta.

O primeiro-ministro demissionário, que está sendo julgado por evasão fiscal, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos, tinha descartado renunciar agora por essas acusações de corrupção, mas anunciou que não se candidataria nas eleições gerais de 2016.

Nas próximas horas os três partidos da coalizão do governo de centro-esquerda debaterão a constituição de um novo Executivo.

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