Opositores vão esperar um "cochilo" da base aliada para apresentar novo requerimento (Arquivo/ Agência Brasil/Senado, senadores)
Da Redação
Publicado em 24 de maio de 2011 às 15h08.
Brasília – Prevendo uma derrota para o governo, a oposição pediu a retirada de pauta do requerimento de convocação do chefe da Casa Civil da Presidência da República, ministro Antonio Palocci, na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor, Fiscalização e Controle (CMA) do Senado.
A autora do requerimento, Marinor Brito (P-SOL-PA), pediu a retirada de pauta e extinção do requerimento como uma medida "estratégica" para evitar que ele fosse rejeitado. Se isso ocorresse, a proposta não poderia ser apresentada novamente na comissão.
Agora, a oposição esperará um "cochilo" da base aliada para apresentar novo requerimento em outra comissão ou mesmo na CMA. "Vamos continuar pairando com o requerimento na cabeça dos senadores do governo", afirmou o senador Randolfe Rodrigues (P-SOL-AP).
O líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), reforçou a tese de tentar convocar o ministro para explicar sua evolução patrimonial em outra comissão. "Temos noção do nosso tamanho aqui no Senado. Retiramos estrategicamente porque pretendemos apresentar em outra comissão ao mesmo tempo em que recolhemos assinaturas para a criação da CPI [comissão parlamentar de inquérito]", afirmou.
Já o líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que a oposição está querendo fazer do tema um debate político-eleitoral e que a base estará atenta para barrar novas tentativas de convocação de Palocci.
"A oposição esta tentando fazer embate político-eleitoral. Eles vão tentar convocar e vamos barrar essa convocação. Não há necessidade dessa convocação. Se tiver qualquer tipo de armação, vamos desconvocar", disse Jucá, referindo-se à possibilidade da oposição tentar convocar o ministro em uma comissão que não tenha ligação com o motivo do requerimento.
"Acreditamos que o ministro não fez nada de errado, ele já prestou as informações necessárias, e a oposição está tentando fazer o jogo político, e não vamos permitir isso", acrescentou o líder do governo.