Venezuela: a convocação das eleições é considerada ilegítima por adversários do presidente Nicolás Maduro (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 31 de outubro de 2017 às 06h22.
Última atualização em 31 de outubro de 2017 às 07h57.
Caracas - Três dos principais partidos opositores venezuelanos anunciaram hoje que não vão participar das eleições municipais convocadas para dezembro pela Assembleia Constituinte, considerada ilegítima por adversários do presidente Nicolás Maduro.
Julio Borges, presidente do Congresso e coordenador nacional do Primeiro Justiça, afirmou que sua força não vai inscrever candidatos para os comícios. "Não vamos participar" com esse sistema eleitoral "que é fraudulento", disse Borges em uma entrevista na TV venezuelana.
Por sua vez Freddy Guevara, líder do partido Vontade Popular, do líder oposicionista Leopoldo López, afirmou em uma coletiva de imprensa que se algum membro do partido se lançar deputado será expulso. Guevara pediu para que os opositores focassem todas as suas energias em conseguir verdadeiras condições eleitorais.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) inicia hoje o processo de registro eleitoral para prefeitos, que se encerra em novembro.
A Mesa da Unidade Democrática (MUD), uma aliança de quase três dezenas de partidos opositores cujos conflitos internos ameaçam causar uma divisão, não se pronunciou de maneira conjunta sobre os ccomícios para eleger os 335 prefeitos do país.
O deputado Henry Ramos Allup, secretário-geral do partido Ação Democrática (AD), anunciou nesta tarde que a decisão de seu partido de não participar "foi forçada pelas arbitrariedades do regime. Fonte: Associated Press.