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Oposição insistirá em convocação de Palocci, diz Dias

A avaliação no Planalto é de que o desgaste do ministro já atingiu o governo

Dilma, Palocci e Sarney (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Dilma, Palocci e Sarney (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2011 às 17h08.

Brasília - O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), afirmou na tarde de hoje que eventual entrevista que o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, conceda ao Jornal Nacional a fim de justificar a elevação substancial de seu patrimônio, não demoverá a ideia da oposição de tentar convocá-lo para dar explicações ao Congresso. Três requerimentos de convocação do ministro - de autoria dos senadores Dias, Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Demóstenes Torres (DEM-GO) - serão votados na próxima quarta-feira, 8, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

O tucano observou que uma entrevista não esclarece a suspeita de enriquecimento ilícito. "Ele tem de ser questionado, as questões em jogo são de profundidade, não são superficiais. Ele não é um cidadão comum que pode responder somente à Justiça, ele tem que dar satisfações à sociedade. O comparecimento dele ao Congresso é indispensável", argumentou o tucano. A votação dos requerimentos já foi adiada duas vezes, por entendimento entre oposição e governo. A Comissão de Agricultura da Câmara aprovou a convocação do ministro na quarta-feira, 1º, mas o presidente Marco Maia (PT-RS) sinalizou que vai anular o ato.

A oposição não tem maioria numérica na CCJ, mas espera contar com a adesão de governistas de perfil independente, como o senador Pedro Simon (PMDB-RS) - que pediu da tribuna o afastamento imediato de Palocci do governo - e o pedetista Pedro Taques (MT). Dias acrescentou que continuará trabalhando para colher assinaturas para abertura de uma CPI contra o ministro. Também afirmou que tentarão convocá-lo em outras comissões, caso saiam derrotados na CCJ.

A presidente Dilma Rousseff pediu a Antonio Palocci que desse explicações ao País sobre o aumento de seu patrimônio o mais rápido possível, não esperando pelo pronunciamento do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, sobre o assunto. A avaliação no Planalto é de que o desgaste do ministro já atingiu o governo.

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