Plano dos países estipula que, após a transferência, devem ser realizadas eleições parlamentares e presidenciais dois meses depois (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2011 às 06h46.
Taiz - A oposição iemenita aceitou em todos os seus termos a iniciativa formulada na semana passada pelos países do Golfo Pérsico para uma transferência pacífica do poder no Iêmen, informaram fontes da oposição nesta terça-feira.
Uma fonte da oposição, que preferiu não divulgar sua identidade, disse à Agência Efe que os principais grupos opostos ao regime de Ali Abdullah Saleh já informaram o Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) de sua resposta.
A proposta, divulgada na última quinta-feira por uma missão do CCG, estabelece que Saleh deverá ceder o poder ao vice-presidente Abdi Rabbo Mansur Hadi no prazo de 30 dias.
O plano estipula que, após a transferência, devem ser realizadas eleições parlamentares e presidenciais dois meses depois.
A proposta prevê também a formação de um Governo de unidade liderado pela oposição, que prepare o país para a realização de novo pleito, além da cessação imediata das manifestações.
A oposição aceitara no sábado quase todos os termos da iniciativa, mas rejeitara a possibilidade de formar um Governo de unidade e também não aceitava garantias de imunidade para Saleh, sua família e altos funcionários, que também estavam incluídos no plano.
A fonte da oposição consultada nesta terça-feira disse, no entanto, que a decisão de aceitar o plano foi tomada após receber suficientes garantias diplomáticas sobre o projeto.
Uma das cláusulas da iniciativa implica na interrupção dos protestos públicos que vêm sendo desenvolvidos desde o fim de janeiro e com maior intensidade desde meados de fevereiro, para criar um clima propício rumo a uma solução política.
Saleh é presidente do Iêmen desde a unificação entre o norte e o sul em 1990, embora fosse desde 1978 o governante do Iêmen do Norte.