Mundo

Oposição forma coalizão para tentar alternar governo

Fusão pode representar a maior ameaça ao partido do atual presidente, Goodluck Jonathan, que está no governo desde o fim do regime militar


	Goodluck Jonathan, presidente da Nigéria: partido recém-criado será testado quando tentar chegar a um acordo sobre o candidato presidencial para as eleições de 2015
 (Getty Images)

Goodluck Jonathan, presidente da Nigéria: partido recém-criado será testado quando tentar chegar a um acordo sobre o candidato presidencial para as eleições de 2015 (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2013 às 08h55.

Abuja - Os quatro principais partidos de oposição da Nigéria anunciaram uma fusão, formando uma coalizão que pode representar a maior ameaça ao partido do atual presidente Goodluck Jonathan, que está no governo desde o fim do regime militar, em 1999.

Tentativas anteriores de alianças da oposição não deram certo devido a diferenças regionais e lutas internas. O partido recém-criado será testado quando tentar chegar a um acordo sobre o candidato presidencial para as eleições de 2015.

"Em nenhum momento da nossa vida nacional uma mudança radical se tornou mais urgente", disse um comunicado assinado na quarta-feira por representantes dos quatro partidos.

"Nós, os seguintes partidos políticos progressistas, ACN, ANPP, APGA e CPC, resolvemos nos fundir imediatamente e se tornar o Congresso de Todos os Progressistas e oferecer ao nosso povo sitiado uma receita para a paz e prosperidade." O Partido Democrático do Povo (PDP), de Jonathan, ganhou todas as eleições presidenciais desde o retorno ao regime civil há 14 anos. Ele controla cerca de dois terços dos Estados e tem uma maioria confortável em ambas as casas da Assembleia Nacional.

Os quatro partidos de oposição juntos controlam quase todos os lugares restantes e conseguiram reduzir a maioria do PDP nas eleições estaduais e parlamentares de 2011.

A acirrada disputa eleitoral no maior produtor de petróleo da África pode frequentemente atiçar a violência.

Centenas de pessoas foram mortas em confrontos no norte do país, de maioria muçulmana, quando o cristão originário do sul Jonathan venceu a eleição presidencial dois anos atrás.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaNigériaOposição política

Mais de Mundo

Presidente do México diz que “não haverá guerra tarifária” com EUA por causa de Trump

Austrália proíbe acesso de menores de 16 anos às redes sociais

Putin ameaça usar míssil balístico de capacidade nuclear para bombardear Ucrânia

Governo espanhol avisa que aplicará mandado de prisão se Netanyahu visitar o país