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Oposição exige que conselho não eleito governe a Tailândia

Líder dos protestos antigovernistas na Tailândia pretende criar conselho não eleito que realize reforma política antes das eleições, no final de 2014 ou em 2015

Líder dos protestos antigovernistas na Tailândia, Suthep Thaugsuban: "primeiro precisamos de uma reforma e depois de eleições", disse (Getty Images)

Líder dos protestos antigovernistas na Tailândia, Suthep Thaugsuban: "primeiro precisamos de uma reforma e depois de eleições", disse (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2013 às 10h02.

Bangcoc - O líder dos protestos antigovernistas na Tailândia, Suthep Thaugsuban, detalhou nesta sexta-feira seu plano para criar um "conselho popular" não eleito que realize uma reforma política antes das eleições, no final de 2014 ou em 2015.

Em um discurso à imprensa, Thaugsuban pediu à primeira-ministra, Yingluck Shinawatra que renuncie, cancele as eleições previstas para 2 de fevereiro e aceite o roteiro de sua plataforma, o Comitê Popular de Reforma Democrática (CPRD).

"Primeiro precisamos de uma reforma e depois de eleições, portanto não há problema se podemos conseguir isso antes de 2 de fevereiro ou no ano que vem. Pedimos ao povo que boicote essas eleições, que a adiem até que a reforma termine", disse o líder opositor.

Thaugsuban tem dito que a comunidade internacional precisa entender que as reformas são necessárias, já que a corrupção e a compra de votos instituíram, na sua opinião, um sistema político ilegítimo.

A chefe do governo fez um apelo à compreensão e se mostrou aberta a negociar reformas, mas não a renunciar e ceder o poder a um conselho não eleito, o que considera inconstitucional.

Após várias semanas de protestos antigovernistas que se tornaram violentos no final de novembro, Yingluck dissolveu o parlamento e convocou eleições antecipadas para resolver a crise.


No entanto, seus opositores pedem uma reforma profunda da Administração para acabar com o que chamam o "regime de Thaksin" Shinawatra, em referência ao irmão de Yingluck, antigo primeiro-ministro, que acusam de comandar o poder do exílio.

Thaksin, que foi deposto em um golpe militar em 2006, vive exilado em Dubai, onde evita uma condenação por corrupção que o ex-mandatário atribui a motivos políticos.

A plataforma de Thaugsuban, que foi vice-primeiro-ministro entre 2008 e 2011, propõe nomear 100 membros do "conselho popular", enquanto os 300 restantes seriam escolhidos por diferentes setores sociais e econômicos.

O líder opositor disse que a assembleia precisará de um ano de trabalho para conseguir uma reforma com "leis justas e igualitárias, abolir a corrupção e acabar com a fraude eleitoral e a compra de votos".

Segundo o roteiro, os membros do conselho não poderão ser de partidos políticos e deverão se abster de participar de política durante cinco anos, enquanto o primeiro-ministro interino será designado pelo atual vice-presidente do Senado.

Thaugsuban disse que sua plataforma conta com o apoio de milhões de tailandeses que querem acabar com a corrupção dos aliados de Thaksin, acusado de enriquecer ilegalmente com projetos como o programa de compra e exportação de arroz.

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