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Oposição egípcia se prepara para manifestações nesta sexta

A tensão aumentou após a adoção às pressas da Constituição por uma comissão controlada por islamitas


	Milhares de egípcios protestam contra o decreto do presidente Mohamed Mursi em 27 de novembro na Praça Tahrir: uma megamanifestação está prevista para sábado
 (Gianluigi Guercia/AFP)

Milhares de egípcios protestam contra o decreto do presidente Mohamed Mursi em 27 de novembro na Praça Tahrir: uma megamanifestação está prevista para sábado (Gianluigi Guercia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2012 às 10h07.

Cairo - Novas manifestações foram anunciadas nesta sexta-feira no Egito depois da adoção às pressas da Constituição por uma comissão controlada por islamitas, aumentando a tensão entre o presidente ligado à Irmandade Muçulmana, Mohamed Mursi, e a oposição.

O opositor e ex-chefe da Liga Árabe, Amr Musa, encabeçará, segundo o porta-voz, uma manifestação até a Praça Tahrir, no centro do Cairo, onde os manifestantes se mobilizam contra os poderes ampliados que Mursi atribuiu a si mesmo em 22 de novembro.

Vários outros grupos organizam suas próprias marchas antes de uma megamanifestação prevista para este sábado, para responder aos partidários do presidente, que também farão uma manifestação nesta sexta.

A Comissão Constituinte egípcia adotou na manhã desta sexta-feira um projeto de Constituição para substituir a revogada após a queda de Hosni Mubarak, no início de 2011, e ele será submetido a um referendo, anunciou o presidente da comissão, Hosam el-Ghiriani.

Os membros desta comissão, dominada pelos islamitas, votaram os 234 artigos que lhes foram submetidos no transcurso de uma sessão que começou no início da tarde de quinta-feira e durou toda a noite.

A nova Constituição mantém a referência aos princípios da sharia, que já figurava na lei fundamental anterior, sob a presidência de Mubarak.

O texto, adotado por unanimidade, segundo o presidente da comissão, deve ser transmitido agora ao presidente Mohamed Mursi e ser submetido a referendo em um prazo de duas semanas.

A adoção rápida deste projeto, que estava há meses estancado, chega em plena crise política sobre os poderes presidenciais reforçados que Mursi se autoconcedeu na semana passada.

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