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Oposição diz que vitória é início da mudança na Venezuela

A oposição venezuelana conquistou 99 assentos de um total de 167 que compõem a Assembleia Nacional – contra 46 do Partido Socialista Unido da Venezuela


	Eleições: “Começou a mudança, Venezuela. Hoje temos razões para celebrar, o país pedia uma mudança, essa mudança começou hoje”
 (Nacho Doce / Reuters)

Eleições: “Começou a mudança, Venezuela. Hoje temos razões para celebrar, o país pedia uma mudança, essa mudança começou hoje” (Nacho Doce / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2015 às 07h58.

A Mesa da Unidade Democrática (MUD), coligação da oposição, afirmou hoje (7) que a vitória nas eleições parlamentares na Venezuela representa “o início da mudança” no país.

“Começou a mudança, Venezuela. Hoje temos razões para celebrar, o país pedia uma mudança, essa mudança começou hoje”, comemorou o secretário executivo da MUD, Jesús Torrealba, após o anúncio do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) dos resultados oficiais.

A oposição venezuelana conquistou 99 assentos de um total de 167 que compõem a Assembleia Nacional – contra 46 do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), do presidente Nicolás Maduro, obtendo uma maioria parlamentar de dois terços pela primeira vez em 16 anos.

Os dados foram apresentados pela presidente do CNE, Tibisay Lucena, numa aparição pública, horas depois do fechamento das urnas, quando estavam contados 96,03% dos votos.

“O povo falou de forma clara, as famílias venezuelanas estão cansadas de viver as consequências do fracasso” do programa do PSUV, disse o líder da oposição.

A oposição beneficiou-se do forte descontentamento popular na Venezuela com uma crise econômica provocada pela queda do preço do petróleo, cujo país detém as maiores reservas do produto do mundo, mas está atualmente imerso a uma situação de escassez de alimentos e bens de primeira necessidade.

Os resultados eleitorais traduzem uma virada histórica depois da chegada do poder do "chavismo" (de Hugo Chávez) em 1999, apesar de diversos analistas advertirem que Nicolás Maduro pode tentar limitar os poderes do Parlamento para contrariar esta vitória, arriscando desencadear protestos.

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