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Oposição diz que não participará de conversas com Maduro

O governo defendeu as conversas com entusiasmo em meio a críticas globais segundo as quais Maduro está transformando o país em uma ditadura

Venezuela: os dois lados tiveram conversas separadas com o presidente da República Dominicana (Marco Bello/Reuters)

Venezuela: os dois lados tiveram conversas separadas com o presidente da República Dominicana (Marco Bello/Reuters)

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Reuters

Publicado em 26 de setembro de 2017 às 18h42.

Caracas - A oposição da Venezuela disse nesta terça-feira que não participará das conversas agendadas com o governo do presidente Nicolás Maduro, minando um esforço de diálogo que vinha sendo encarado com suspeita por muitos adversários do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).

O governo defendeu as conversas com entusiasmo em meio a críticas globais segundo as quais Maduro está transformando o país em uma ditadura, mas a oposição sempre insistiu que as conversas não deveriam desviar o foco da crise econômica do país.

Os dois lados tiveram conversas exploratórias separadas com o presidente da República Dominicana no início deste mês, mas os oposicionistas disseram que Caracas não avançou o suficiente em temas como os direitos humanos para justificar conversas bilaterais plenas.

"Negociar não é ir e perder tempo, olhar para a cara de alguém, mas para que os venezuelanos tenham soluções imediatas", disse o líder opositor Henrique Capriles aos repórteres.

"Não podemos ter uma repetição do fracasso do ano passado", afirmou, referindo-se a negociações mediadas pelo Vaticano em 2016 que desmoronaram depois que a oposição disse que o governo as estava usando simplesmente como uma tática protelatória.

O Ministério da Informação não respondeu de imediato a um pedido de comentário.

Os oposicionistas querem uma data para a próxima eleição presidencial, prevista para o final de 2018, com garantias de que será livre e justa. Eles também pedem a libertação de centenas de ativistas presos, um corredor para a chegada de ajuda humanitária estrangeira e respeito pelo Congresso, no qual os oposicionistas são maioria.

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