Fronteira Venezuela-Brasil: confronto deixou pelo menos 15 feridos por disparos (Ricardo Moraes/Reuters)
EFE
Publicado em 22 de fevereiro de 2019 às 12h33.
Última atualização em 22 de fevereiro de 2019 às 12h34.
Caracas - Os deputados opositores do estado venezuelano de Bolívar, na fronteira com o Brasil, denunciaram nesta sexta-feira a morte de uma mulher em um enfrentamento entre as Forças Armadas e uma comunidade indígena que defende a entrada da ajuda humanitária ao país.
O confronto deixou pelo menos 15 feridos por disparos, três deles em estado grave, segundo disseram os parlamentares Américo de Grazia e Ángel Medina no Twitter.
FAN asesinó a una mujer indígena Pemona en #Kumaracupay #GranSabana y los heridos de bala ascienden a 15. Tres de ellos han sido trasladados a #StaElenaDeUairen
— Americo De Grazia (@AmericoDeGrazia) February 22, 2019
Em declarações à emissora online "VIVOplay", De Grazia indicou que na manhã de hoje ocorreu "um tiroteio onde há 15 pessoas feridas até agora. Três delas foram transferes até o hospital de Santa Elena de Uairén (em Bolívar), uma falecida indígena".
Segundo o parlamentar, os enfrentamentos acontecem desde ontem, dia em que o presidente Nicolás Maduro ordenou o fechamento da fronteira com o Brasil.
A mulher falecida, de nome Zoraida Rodríguez, é uma vendedora de empanadas que estava na área onde ocorreu o enfrentamento, a comunidade de Kumaracupay, enquanto os feridos são todos homens.
Apenas três deles, e devido à gravidade do seu estado, foram transferidos imediatamente a um centro de saúde, pois, segundo De Grazia, não há gasolina nem ambulâncias que possam transferir os demais.
O deputado também declarou que as comunidades indígenas estão "em pé de guerra contra a usurpação" do governo de Maduro, a quem a oposição considera ilegítimo por ter sido reeleito em pleitos tachados como fraudulentos.