Mundo

Oposição denuncia morte de cerca de 40 pessoas na Síria

Os Comitês de Coordenação Local (CCL) informaram em comunicado sobre a morte de 40 pessoas

Bashar al-Assad, ditador da Síria: na periferia da capital os bombardeios com helicópteros castigaram principalmente as povoações de Daraya e Yalda (Sana/Divulgação/Reuters)

Bashar al-Assad, ditador da Síria: na periferia da capital os bombardeios com helicópteros castigaram principalmente as povoações de Daraya e Yalda (Sana/Divulgação/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2012 às 13h49.

Cairo - Cerca de 40 pessoas morreram nesta sexta-feira na Síria em bombardeios realizados pelas forças do regime de Bashar al Assad, sobretudo em Deraa, Damasco e seus arredores e Aleppo, segundo os grupos opositores sírios.

Os Comitês de Coordenação Local (CCL) informaram em comunicado sobre a morte de 40 pessoas, enquanto o Observatório Sírio de Direitos Humanos denunciou a morte de 32 civis e nove soldados das forças governamentais em combates contra os rebeldes.

Em Deraa, onde muitas localidades são alvos de fortes bombardeios há dias, bombas explodiram nos bairros de Yarmouk, Joura e Arbain, assim como sobre a população de Karak.

De acordo com o Observatório, 11 pessoas morreram nesta província, que faz fronteira com a Jordânia, cinco delas por disparos de artilharia pesada contra um campo de refugiados.

A violência na província provocou novos deslocamentos de população para a Jordânia, e segundo informou nesta sexta o governo deste país, uma criança morreu e membros de sua família ficaram feridos ao serem atingidos pelas forças do regime de Damasco quando tentavam atravessar a fronteira.

Na periferia da capital os bombardeios com helicópteros castigaram principalmente as povoações de Daraya e Yalda, locais que as forças de Assad tentam recuperar do controle dos rebeldes.

Também se registraram entre quatro e seis mortos, segundo as fontes, na cidade de Aleppo, onde se teme uma grande ofensiva das tropas governamentais, que mantêm sitiada a cidade à espera de reforços militares.

Os bombardeios castigaram principalmente os bairros de Al Fardus, Salah ad-Din, Al Sukari, Al Ansari, Al Mashhad e Bustan al Qasr, que estão nas mãos dos rebeldes.

Já num dos principais redutos da oposição, Homs, cinco pessoas foram mortas por bombas e operações do regime em sua cidade homônima e na localidade vizinha de Al Qusair.

Outra província bastante castigada pela violência foi Idleb, onde se registraram bombardeios e combates entre os rebeldes e o exército, que afetaram sobretudo à população de Maaret al Numan.

Diante do agravamento do conflito, a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, acusou hoje o regime de Assad de arrasar zonas controladas pela oposição sem levar em consideração a população civil.

Navi denunciou bombardeios de artilharia e aéreos, a presença de tanques nos centros urbanos e execuções sumárias, ao mesmo tempo que manifestou sua preocupação com "a probabilidade" de enfrentamentos em grande escala em Damasco e Aleppo. 

Acompanhe tudo sobre:Bashar al-AssadDitaduraPolíticosPrimavera árabeSíria

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia