Apoiadores de Chávez carregam bandeira com imagem do presidente venezuelano ao lado de Fidel Castro: há mais de um mês, Chávez não é visto em público (REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)
Da Redação
Publicado em 15 de janeiro de 2013 às 07h57.
Brasília - A oposição venezuelana pediu à Organização dos Estados Americanos (OEA) que convoque o conselho permanente do órgão para avaliar a situação institucional no país. A oposição levanta dúvidas sobre a legalidade do processo para manter o presidente venezuelano, Hugo Chávez, no poder. Chávez está internado em Cuba há mais de um mês e há várias especulações sobre seu estado de saúde.
"É necessário dar conhecimento aos Estados-membros da OEA sobre a situação institucional da Venezuela, mediante a convocação imediata do Conselho Permanente, conforme a Carta Democrática Interamericana", diz o comando do partido de oposição Mesa de Unidade Democrática (MUD), em carta enviada à ONU.
Na carta, a oposição diz que "na Venezuela ocorreram fatos que configuram uma alteração da ordem constitucional que afeta gravemente a ordem democrática e que requerem a atenção e vigilância da comunidade internacional".
O apelo da oposição à OEA refere-se ao processo político e jurídico ocorrido na semana passada que considerou legal o adiamento da posse de Chávez, prevista para o último dia 10. A oposição alegou que há dúvidas sobre a legalidade do processo.
Reeleito em 7 de outubro, Chávez, de 58 anos, viajou em dezembro para Havana, Cuba, para a retirada de um tumor maligno na região pélvica. Há mais de um mês, o presidente venezuelano não é visto em público e várias informações sobre o agravamento do seu estado de saúde vieram à tona.
Antes de viajar para Havana, Chávez disse que, em caso de ficar impossibilitado de continuar a governar, deveriam ser convocadas eleições e que o atual vice-presidente, Nicolás Maduro, era o nome escolhido por ele. Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.