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Oposição da Venezuela adia negociações com o governo

As negociações para aliviar a crise política na Venezuela foram programadas para quarta-feira.

Maduro: "O processo de negociação internacional não pode continuar até que ministros de Relações Exteriores sejam convidados", disse negociador da oposição (Miraflores Palace/Handout/Reuters)

Maduro: "O processo de negociação internacional não pode continuar até que ministros de Relações Exteriores sejam convidados", disse negociador da oposição (Miraflores Palace/Handout/Reuters)

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Reuters

Publicado em 14 de novembro de 2017 às 18h25.

Caracas  - A oposição da Venezuela disse nesta terça-feira que não participará do diálogo político programado para esta semana na República Dominicana com o governo do presidente Nicolás Maduro, uma vez que não foram convidadas autoridades regionais.

"O processo de negociação internacional não pode continuar até que ministros de Relações Exteriores sejam convidados", disse o negociador da oposição, Luis Florido, a repórteres, referindo-se à potencial presença de vários chanceleres latino-americanos.

As negociações para aliviar a crise política na Venezuela foram programadas para quarta-feira. Os esforços anteriores de diálogo acabaram em recriminações entre os dois lados, sem avanços concretos.

A coalizão de oposição já acusou o governo Maduro de bloquear a presença de ministros de Relações Exteriores nas negociações desta semana, mas na terça-feira disse que parecia ser mais um problema de agendamento.

Não houve resposta imediata de autoridades.

A principal demanda da oposição é de condições livres e justas para as eleições presidenciais de 2018.

Também quer liberdade para ativistas presos, autonomia para o Congresso liderado pela oposição e um corredor de ajuda humanitária estrangeira para ajudar a aliviar a crise econômica sem precedentes na Venezuela.

Maduro acusa seus oponentes de conspirar com os Estados Unidos e uma campanha internacional de direita para expulsar seu governo socialista através de um golpe. O governo está buscando garantias contra a violência e o reconhecimento da Assembleia Constituinte pró-Maduro que derrubou o Congresso.

Pelo menos 125 pessoas morreram em quatro meses de protestos frequentemente violentos contra Maduro neste ano.

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