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Oposição dá primeiro passo para CPI da Petrobras

Passo inicial foi a leitura esta terça no Senado de um pedido oficial para que seja instalada uma comissão especial para investigar à companhia petrolífera


	Senado brasileiro: pedido de comissão foi colocado pelo partido opositor PSDB e, até agora, conta com o respaldo de 29 dos 81 senadores
 (Waldemir Barreto/Agência Senado)

Senado brasileiro: pedido de comissão foi colocado pelo partido opositor PSDB e, até agora, conta com o respaldo de 29 dos 81 senadores (Waldemir Barreto/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2014 às 20h34.

Brasília - A oposição deu nesta terça-feira um primeiro passo para à abertura de uma investigação parlamentar sobre operações da Petrobras no exterior, que suspeita que implicaram fatos de corrupção e milionárias perdas.

O passo inicial foi a leitura esta terça-feira no Senado de um pedido oficial para que seja instalada uma comissão especial para investigar à companhia petrolífera e, em particular, a aquisição de uma refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos, formalizada em 2006.

O pedido foi colocado pelo partido opositor PSDB e, até agora, conta com o respaldo de 29 dos 81 senadores, com o que supera um terço dos membros do Senado necessário para que seja aprovado.

No entanto, até a meia-noite de hoje os senadores que já apoiaram a abertura da investigação terão tempo para mudar de opinião, por isso que a criação da comissão ainda não está certa.

A base governista, por sua vez, ao tempo que tentava convencer alguns senadores a mudar seu voto, também estudava a possibilidade de pedir outra investigação parlamentar, mas sobre supostas irregularidades em licitações no estado de São Paulo que implicariam a líderes do opositor PSDB.

A operação da Petrobras já é investigada pela Polícia Federal, pelo Tribunal de Contas da União e pelo Ministério Público, e, segundo documentos vazados à imprensa, incluiu cláusulas que causaram prejuízos milionários à estatal.

Conforme esses documentos, em 2006, a Petrobras pagou US$360 milhões pela compra da metade do capital da refinaria, que um ano antes tinha sido adquirida em sua totalidade por US$42,5 milhões pela empresa belga Astra Oil.

Essa empresa reteve sua participação de 50 %, mas, posteriormente, a Petrobras foi forçada a desembolsar outros US$820 milhões para comprar a outra metade a Astra Oil, devido a uma cláusula no contrato que lhe obrigava a isso.

A operação foi autorizada em 2006 pelos membros do Conselho de Administração da Petrobras, dirigida na época por Dilma Rousseff, na condição de ministra da presidência durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Em comunicado divulgado há dez dias, Dilma admitiu que a compra da refinaria em Pasadena foi autorizada devido a que o Conselho de Administração da Petrobras recebeu "informações incompletas" de um laudo "técnico e juridicamente errado".

A intenção da oposição é que o Senado esclareça as supostas responsabilidades dos diretores da Petrobras na época, assim como as dos membros do Conselho de Administração da empresa e da própria Dilma nessa operação.

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