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Oposição cobra atuação mais firme da Liga Árabe contra Assad

Lideranças da Coalizão Nacional Síria criticaram a Liga Árabe, por não ter pedido ao Conselho de Segurança da ONU sanções à Síria pelo uso de armas químicas

Membro do Exército Livre Sírio: oposição esperava que países árabes anunciassem de maneira "clara e oficial" seu apelo ao Conselho de Segurança por sanções ao governo sírio (Loubna Mrie/Reuters)

Membro do Exército Livre Sírio: oposição esperava que países árabes anunciassem de maneira "clara e oficial" seu apelo ao Conselho de Segurança por sanções ao governo sírio (Loubna Mrie/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2013 às 12h58.

Cairo - Lideranças da Coalizão Nacional Síria (CNFROS), principal aliança opositora do país, criticaram nesta segunda-feira a Liga Árabe, por não ter pedido ao Conselho de Segurança da ONU, sanções pelo uso de armas químicas por parte do regime liderado por Bashar al-Assad, que governa o país.

O porta-voz da CNFROS, Ahmed Ramadan, garantiu à Agência Efe que a organização esperava que os países árabes anunciassem de maneira "clara e oficial" seu apelo ao Conselho de Segurança, para que fossem tomadas "medidas punitivas dissuasivas" contra a Síria.

Ontem, a Liga Árabe responsabilizou o regime sírio pelo uso de armas químicas, pedindo que ONU e comunidade internacional assumam sua responsabilidade contra os autores do suposto ataque químico ocorrido no dia 21 de agosto na periferia de Damasco.

Outro dirigente da CNFROS, Haizam Maleh, sustentou que a aliança havia pedido aos ministros árabes que apoiassem uma intervenção militar estrangeira contra o regime sírio pelos "crimes de guerra e contra a humanidade" cometidos contra o povo do país.

No entanto, não houve menção ontem da Liga Árabe sobre a intervenção militar, reivindicada pelos Estados Unidos. No grupo há divisão, com a Arábia Saudita a favor de um ataque, e o Egito contra a ação.

O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Araby, disse hoje em entrevista coletiva que "qualquer ato para enfrentar ou castigar o regime sírio deve-se produzir no marco dos acordos da ONU". "Se alguém utiliza a força militar fora da legitimidade, o fará de maneira unilateral", completou o dirigente.

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