O prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri: a oposição conseguiu no domingo importantes resultados em Córdoba e em Buenos Aires, onde a direita teve uma vitória arrasadora (Guillermo Viana/AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de julho de 2015 às 13h29.
Buenos Aires - Um peronista opositor à presidente argentina, Cristina Kirchner, venceu as eleições para governador de Córdoba (centro), o kircherismo venceu em La Rioja (noroeste), e a prefeitura de Buenos Aires será decidida no segundo turno entre os dois candidatos da direita, de acordo com os resultados divulgados nesta segunda-feira.
A oposição conseguiu no domingo importantes resultados em Córdoba e em Buenos Aires, onde a direita teve uma vitória arrasadora e o atual prefeito e candidato presidencial Mauricio Macri (PRO, direita) recebeu um forte apoio para as eleições gerais de 25 de outubro.
Macri é o aspirante opositor melhor posicionado para as presidenciais, apesar de Daniel Scioli, governador da província de Buenos Aires - vizinha à capital - e candidato da presidente Kirchner se manter no primeiro lugar nas intenções de voto, segundo pesquisas.
Horacio Rodríguez Larreta, o candidato de Macri para sucedê-lo na prefeitura, foi o mais votado, com 45,5% dos votos, seguido do economista Martín Lousteau, da Energia Cidadã Organizada (ECO, centro-direita), com 25,5%, enquanto que o kirchnerista Mariano Recalde conseguiu o terceiro lugar, com 21,9%.
A prefeitura será definida no segundo turno, em 19 de julho.
Em Córdoba, terceiro distrito do país e onde não há segundo turno, o peronista dissidente Juan Schiaretti obteve 39,8% e deu um forte apoio ao atual governador José Manuel de la Sota, outro aspirante à presidência.
Nesta província mediterrânea, o peronismo dissidente opositor ao governo de Kirchner está no poder desde 1999 e conseguiu um quinto mandato até 2019.
A segunda força mais votada em Córdoba foi a União Cívica Radical em aliança com o PRO de Macri, cujo candidato Oscar Aguad conseguiu 33,9% dos votos, enquanto o kirchnerista Eduardo Accastello ficou em um distante terceiro lugar (17,8%).
Em La Rioja, o kircherismo venceu com folga e Sergio Casas será o novo governador com 57% dos votos, ao vencer uma coalizão que reuniu todas as forças opositoras (PRO, UCR e peronismo dissidente) e que somou 42%, segundo resultados preliminares, mas de tendência irreversível.
A província de La Pampa (centro-sul) também realizou eleições nas quais o candidato Sergio Verna, do peronismo dissidente, foi o mais votado (60%), enquanto que o kirchnerismo obteve 39,7% com seu candidato Fabián Bruna.
Corrientes (nordeste) votou em eleições provinciais, nas quais a maioria dos votos ficou com a força que governa a região, aliada em nível nacional com Sergio Massa, outro dos peronistas dissidentes que buscará a presidência em outubro.
Quase nunca na história o peronismo conseguiu assumir a capital. Mas o comportamento dos portenhos nas urnas não é necessariamente um indicador do que ocorrerá em nível nacional nas presidenciais.
"Acredito que não há um vínculo direto entre o resultado na Capital e nas presidenciais. Apenas, eventualmente, um clima vitorioso, mas isso dura uma ou duas semanas", advertiu Videla.
Quase 40% do eleitorado do país está na província de Buenos Aires, próxima à capital e reduto peronista.
Nas presidenciais, o candidato governista Daniel Scioli lidera as intenções de voto cm 34,9%, contra 26,3% de Macri, segundo a última pesquisa de Management & Fit.
Os portenhos votarão pela primeira vez com a Cédula Única Eletrônica.