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Oposição argentina triunfa sobre peronistas em primária legislativa

Oposição conservadora lidera com cerca de 5 pontos percentuais em Buenos Aires, com cerca de 84% das cédulas contabilizadas

Se o resultado se repetir na eleição de 14 de novembro, o governo poderia perder sua maioria no Senado (Juan Mabromata - Pool/Getty Images)

Se o resultado se repetir na eleição de 14 de novembro, o governo poderia perder sua maioria no Senado (Juan Mabromata - Pool/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 13 de setembro de 2021 às 09h34.

O principal partido de oposição da Argentina deu uma lição dura nos peronistas governistas no domingo, vencendo disputas cruciais de uma votação primária legislativa que é um indicador inicial contundente de como os eleitores votarão nas eleições de meio de mandato de novembro.

A oposição conservadora liderava com cerca de 5 pontos percentuais na província essencial de Buenos Aires --cerca de 84% das cédulas contabilizadas na região populosa que é um bastião do apoio ao governo de centro-esquerda de Alberto Fernández.

Outros resultados da eleição obrigatória mostraram o partido governista ficando para trás. Se isto se repetir na eleição de 14 de novembro, o governo poderia perder sua maioria no Senado e correria o risco de ser privado de sua maior posição minoritária na Câmara dos Deputados.

"O partido governista perdeu 1,2 milhão de votos na comparação com (a eleição presidencial) de 2019; isto o coloca em um nível que, se repetido em novembro, deixa Alberto Fernández muito enfraquecido", disse Mariel Fornoni, diretora da consultoria Management & Fit.

Com a maioria dos candidatos já no páreo, a primária funciona como um ensaio geral de âmbito nacional das eleições de meio de mandato de 14 de novembro, nas quais 127 dos 257 assentos da Câmara estarão em disputa, além de 24 das 72 cadeiras do Senado.

Muitos eleitores estão decepcionados com os principais partidos políticos. Uma recessão prolongada, a inflação em disparada e um índice de pobreza que chega a 42% minam o apoio público ao governo, apesar dos sinais recentes de uma recuperação econômica e dos casos de coronavírus em declínio.

"Existe um grande descontentamento entre as pessoas", disse Patricia Coscarello, funcionária administrativa de 52 anos dos arredores de Buenos Aires, depois de votar. "Tirando a pandemia, a situação econômica é complexa e os salários estão encolhendo."

Fernández pode destacar uma distribuição de vacinas que já chega a 46 milhões de aplicações em uma população de tamanho semelhante, uma queda de casos diários de Covid-19 e um resurgimento econômico da recessão no início deste ano na esteira de uma queda em 2020.

"Obviamente, algumas coisas não fazemos bem, porque as pessoas não nos acompanham como teríamos esperado", disse ele depois dos resultados ao lado da liderança de sua sigla, acrescentando que esta aprenderá com os erros e se fortalecerá.

"A campanha mal começou, e em novembro temos que vencer, porque temos um compromisso com a Argentina."

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