Rebelde ferido na Líbia: Kadafi tentou, mas oposição sempre rechaçou negociações (Marco Longari/AFP)
Da Redação
Publicado em 25 de março de 2011 às 08h56.
Benghazi, Líbia - Entre 8.000 e 10.000 pessoas morreram na Líbia desde o início da revolta contra o líder Muammar Kadafi, segundo cálculos divulgados nesta sexta-feira pelos rebeldes em Benghazi, capital dos revolucionários.
O porta-voz dos rebeldes, Mustafa Geriani, disse em declarações aos jornalistas que não descartam que o número possa ser superior.
"Deve-se ver quando estes tipos forem embora, porque, por exemplo em Trípoli, de onde não temos dados, sabemos que 1.200 pessoas foram sequestradas em suas casas - ativistas políticos e gente originária de Benghazi - e podem ser usadas como escudos humanos", destacou.
E lembrou que em Benghazi somente no final de semana passada morreram 120 pessoas durante os confrontos com os seguidores de Kadafi.
Por outro lado, assinalou que o regime de Kadafi tentou em várias ocasiões negociar com os rebeldes, mas que eles sempre o rechaçaram.
"Sempre pedimos que primeiro parem com os assassinatos para se sentar à mesa para dialogar", disse.
Além disso, Geriani negou que se tenha tido conversas com chefes tribais e que vão iniciá-las.
Além disso, reiterou o apelo dos rebeldes para que as forças internacionais detenham o recrutamento de mercenários por parte de Kadafi.