Mundo

Operários de Belo Monte iniciam terceira greve em menos de 6 meses

Trabalhadores querem, entre outras reivindicações, aumento do vale alimentação de R$ 95 para R$ 300 mensais

No fim de fevereiro, os operários decidiram apoiar a paralisação dos trabalhadores das usinas que estão sendo erguidas no Rio Madeira, em Rodônia  (Valter Campanato/ABr)

No fim de fevereiro, os operários decidiram apoiar a paralisação dos trabalhadores das usinas que estão sendo erguidas no Rio Madeira, em Rodônia (Valter Campanato/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2012 às 11h23.

Brasília - Os operários da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, prometem parar as atividades nos cinco canteiros da obra instalados às margens do Rio Xingu a partir desta segunda-feira (23). A decisão foi tomada na semana passada em assembleia. Vai ser a terceira paralisação dos canteiros de obras da usina em menos de seis meses. Os funcionários da obra, a maior do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), pedem, entre outras reivindicações, a redução do intervalo entre as chamadas baixadas e reajuste do valor do vale-alimentação.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada do Estado do Pará (Sintrapav), Giovani Resende Silva, disse à Agência Brasil que mantinha a esperança, “ainda que bastante remota”, de o Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM) apresentar uma nova proposta aos operários. Mas isso não aconteceu.

Baixada é o período de folga que o consórcio dá aos trabalhadores para visitar a família. Atualmente, para cada período de seis meses de trabalho, os funcionários de Belo Monte ganham nove dias de licença. O consórcio acenou apenas com a possibilidade de ampliar o período da folga para 19 dias, com a antecipação de dez dias das férias. Segundo o sindicato, uma proposta que não pode ser aceita porque as férias “já são direito assegurado por lei”.

Os trabalhadores querem aumento do vale alimentação de R$ 95 para R$ 300 por mês, mas a empresa propõe apenas um reajuste de R$ 15, aumentado o benefício para R$110.

A greve dos trabalhadores de Belo Monte será a terceira em menos de seis meses. No fim de fevereiro, os operários decidiram apoiar a paralisação dos trabalhadores das usinas que estão sendo erguidas no Rio Madeira, em Rodônia (Jirau e Santo Antônio). Antes, em novembro, a greve foi motivada por protestos contra as condições de trabalho e dos alojamentos. Os operários chegaram a bloquear um trecho da Rodovia Transamazônica.

Acompanhe tudo sobre:Energia elétricaGrevesBelo MonteUsinas

Mais de Mundo

Trump e Putin dizem ter avançado em conversas, mas não anunciam medidas em encontro no Alasca

Decisão poupa Argentina de entregar ações da YPF enquanto recursos não forem resolvidos

Governo Trump cria 'lista de lealdade' e classifica empresas por apoio a seu pacote fiscal

Avião B-2, modelo usado em ataque no Irã, passa perto de Putin em encontro com Trump; assista