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Operação militar mata membros das Farc

O chefe da frente 28 das Farc, Arnulfo Suárez González, e outros quatro membros desse grupo guerrilheiro morreram em uma operação militar


	Membro das Farc: este é o segundo golpe militar que as Farc sofrem em Arauca neste mês
 (Luis Robayo/AFP)

Membro das Farc: este é o segundo golpe militar que as Farc sofrem em Arauca neste mês (Luis Robayo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2013 às 13h47.

Bogotá - O chefe da frente 28 das Farc, Arnulfo Suárez González, conhecido como "Alberto Guevara", e outros quatro membros desse grupo guerrilheiro morreram em uma operação militar no departamento de Arauca, fronteiriço com a Venezuela, informou nesta quarta-feira o Exército colombiano.

A operação aconteceu na zona de Água Blanca, pertecente ao município de Tame (Arauca), e foi realizada por militares da 16ª Brigada, com o apoio da Aviação do Exército e da Força Aérea Colombiana, disse o comandante do Exército, general Juan Pablo Rodríguez.

Segundo o Exército, um dos mortos, conhecido como "Alberto Guevara", de 47 anos, pertencia às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) há mais de 30 anos e era, além disso, o responsável da consolidação do autodenominado "Corredor ABC", formado pelos departamentos de Arauca, Boyacá e Casanare.

Suárez entrou nas Farc muito tarde como membro da frente 16 e participou de atividades de narcotráfico nos departamentos de Meta e Vichada, no centro-oeste do país.

Com o tempo, cresceu na estrutura guerrilheira até chegar, há 17 anos, a ser o chefe da frente 28 das Farc e homem de confiança de conhecido como "Rafael Gutiérrez", terceiro no comando do Bloco Oriental desse grupo armado ilegal, segundo as autoridades.

Suárez tinha contra si ordens de captura expedidas pela Procuradoria Geral da Nação por terrorismo, sequestro, extorsão, crimes de contra a humanidade, narcotráfico e rebelião.


As autoridades o acusam do assassinato de 19 soldados em 25 de novembro de 2002, em Paz de Ariporo (Casanare), do sequestro de quatro civis no mesmo ano em Sácama (Casanare) e Duitama (Boyacá) e do sequestro do prefeito de Chámeza (Boyacá) no ano seguinte, assim como da morte de dois militares em Sácama.

Ele também é responsabilizado pela instalação de campos minados, ataques terroristas contra infraestrutura petrolífera e extorsões.

Junto com o chefe guerrilheiro morreram também os rebeldes conhecidos como "Alex" ou "Braço de força" e "Ancízar", ambos líderes de equipe e especialistas em explosivos, assim como duas mulheres, uma delas identificada como "Viviana", que fazia trabalhos de enfermeira das Farc, e outra cuja identidade as autoridades estão verificando.

Os quatro faziam parte do esquema de segurança pessoal de conhecido como "Alberto Guevara", acrescentou o Exército.

Na operação foram apreendidos quatro fuzis e o mesmo número de granadas, assim como equipes de comunicação e material de guerra e intendência.

Este é o segundo golpe militar que as Farc sofrem em Arauca neste mês, pois no último dia 9 morreu em combate na mesma região Wilson Galindo Vaca, conhecido como "Jainover", a quem as autoridades atribuem a morte de cerca de 60 militares, 30 deles nessa região.

Em 16 de dezembro começou uma trégua unilateral de 30 dias das Farc por ocasião das festividades natalinas, mas o Governo descartou uma cessação de fogo e reiterou que apesar das negociações de paz com esse grupo em Cuba, manterá a ofensiva militar.

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