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Operação dos Estados Unidos na Síria deixa 13 mortos

Observatório Sírio para os Direitos Humanos diz que 7 dos 13 mortos eram civis (3 mulheres e 4 crianças)

Sírios observam edifício atacado em operação das forças especiais americanas em Atme, em 3 de fevereiro de 2022

 (AFP/AFP)

Sírios observam edifício atacado em operação das forças especiais americanas em Atme, em 3 de fevereiro de 2022 (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 3 de fevereiro de 2022 às 07h32.

Última atualização em 3 de fevereiro de 2022 às 07h44.

Forças especiais dos Estados Unidos executaram uma operação para capturar extremistas no noroeste da Síria nesta quinta-feira (3), que terminou com 13 mortos, incluindo sete civis, informou uma ONG.

Os militares pousaram de helicóptero perto de acampamentos de deslocados na cidade de Atme, na região de Idlib, controlada em grande parte por grupos extremistas e insurgentes, afirmou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), que tem uma ampla rede de fontes no país, devastado pela guerra.

"As forças especiais americanas, sob direção do Comando Central dos Estados Unidos (responsável pelas operações na região) executaram uma missão antiterrorista durante a noite no noroeste da Síria", afirmou o Pentágono em um comunicado. "A missão foi um sucesso. Não houve vítimas entre as forças americanas", acrescenta a nota.

Esta é a maior operação das forças americanas na Síria desde a morte em outubro de 2019 de Abu Bakr Al Baghdadi, líder do grupo extremista Estado Islâmico (EI), explicou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman. A região de Idlib está fora do controle do governo sírio.

Os confrontos duraram duas horas, segundo o OSDH, que não conseguiu determinar a identidade dos jihadistas procurados.  "Pelo menos 13 pessoas, incluindo quatro crianças e três mulheres, morreram na operação", disse Abdel Rahman.

De acordo com os correspondentes da AFP na região, a operação americana tinha como alvo um edifício de dois andares em uma área cercada por árvores. Parte do prédio foi destruída no ataque. Os moradores da região afirmaram à AFP que ouviram bombardeios e tiros.

Em uma gravação de áudio que circula entre a população e é atribuída a um integrante da coalizão internacional, uma pessoa que fala em árabe pede às mulheres e crianças que abandonem as casas na área atacada.

Analistas afirmam que os acampamentos superpopulosos de Atme, ao norte da província de Idlib, estão sendo utilizados como base pelos líderes extremistas que se escondem entre os deslocados.

Partes da província de Idlib e das províncias vizinhas de Hama, Aleppo e Latakia são dominadas pelo Hayat Tahrir Al Sham (HTS, Organização para a Libertação do Levante), antigo braço sírio da Al-Qaeda.

A província também abriga grupos rebeldes e outros grupos extremistas, como o Hurras Al Din (Guardiões da Religião).

Todas as facções já foram alvos de ataques aéreos, principalmente por parte do governo sírio, da Rússia, seu principal aliado, mas também da coalizão internacional antijihadista liderada pelos Estados Unidos e as forças especiais americanas.

Mas as operações com helicópteros continuam sendo raras na Síria, onde as tropas americanas estão presentes como parte da coalizão internacional.

A complexa guerra da Síria, país fragmentado com a presença de vários grupos, provocou quase 500.000 mortes desde 2011.

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