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Operação de Segurança deixa 1.324 mortos na Venezuela em 5 meses, diz ONU

A alta comissária da ONU, Michelle Bachelet, disse estar preocupada com os altos números de mortes de jovens pelas forças de Segurança

MICHELLE BACHELET: Bolsonaro se uniu a Nicolás Maduro nas críticas à ex-presidente chilena  / Rodrigo Garrido / Reuters (Rodrigo Garrido/Reuters Business)

MICHELLE BACHELET: Bolsonaro se uniu a Nicolás Maduro nas críticas à ex-presidente chilena / Rodrigo Garrido / Reuters (Rodrigo Garrido/Reuters Business)

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Reuters

Publicado em 3 de julho de 2020 às 06h56.

 Operações de Segurança na Venezuela mataram pelo menos 1.324 pessoas nos primeiros cinco meses de 2020, afirmou o Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas para os Direitos Humanos nesta quinta-feira.

A alta comissária Michelle Bachelet, que apresentou um relatório de 17 páginas sobre a Venezuela em Genebra disse ainda estar "preocupada com os altos números de mortes de jovens pelas forças de Segurança", em referência às pessoas que teriam morrido enquanto resistem às autoridades.

Os dados oficiais da Venezuela mostram 6.710 homicídios em 2019 e 1.363 entre janeiro e maio deste ano.

Os dados "não incluem as mortes violentas no contexto de operações de Segurança classificadas como 'resistência à autoridade'", afirmou a ex-presidente do Chile.

Das mortes em operações de Segurança em 2020, pelo menos 432 foram atribuídas à unidade das forças policiais especiais Faes, 366 à polícia investigativa conhecida como CICPC, 136 à Guarda Nacional e 124 à polícia do Estado de Zulia, diz o relatório.

Jorge Valero, embaixador venezuelano na ONU e em outras organizações internacionais em Genebra, disse que o relatório era baseado em "questionamentos infundados" com o objetivo de "abastecer a agenda de agressão que se desdobra contra a Venezuela".

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