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Operação antiterrorista na Bélgica termina com quatro prisões

Ação foi mobilizada pela procuradoria belga após a descoberta de um esconderijo de armas em Bruxelas

Operação na Bélgica: presos são suspeitos de ter "uma relação direta com os membros da Kamikaze Riders" (Denis Charlet/AFP)

Operação na Bélgica: presos são suspeitos de ter "uma relação direta com os membros da Kamikaze Riders" (Denis Charlet/AFP)

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AFP

Publicado em 5 de julho de 2017 às 09h49.

Quatro pessoas suspeitas de ligações com um grupo de motociclistas belgas ligados ao movimento extremista islâmico foram presas na madrugada desta quarta-feira (5), após a descoberta de um esconderijo de armas em Bruxelas, informou o procurador federal belga à AFP.

Estas quatro pessoas "foram levadas para interrogatório", explicou o porta-voz da Procuradoria, Eric Van der Sypt.

São suspeitas de ter "uma relação direta com os membros da Kamikaze Riders", especialmente com dois homens cuja prisão no final de 2015 provocou comoção na Bélgica e causou o cancelamento das festividades de Ano Novo por medo de um ataque, segundo o porta-voz.

Além disso, um homem suspeito de "planejar uma ação violenta" e manter ligações com este grupo de motociclistas foi preso esta manhã em Fâches-Thumesnil, nos subúrbios de Lille (norte da França), durante uma operação antiterrorista franco-belga, de acordo com fontes próximas ao caso.

Um juiz de instrução belga deverá decidir se mantém em detenção preventiva os quatro suspeitos, interpelados durante uma operação em Anderlecht, bairro popular de Bruxelas.

Durante a operação, a polícia belga descobriu "várias armas" em uma caixa guardada em uma garagem, acrescentou Van der Sypt.

"Pelo menos dois fuzis Kalashnikov" estavam no arsenal encontrado, de acordo com uma fonte próxima ao assunto.

Este caso não tem relação com as investigações na Bélgica sobre os ataques em Paris em 13 de novembro de 2015 (130 mortos), preparados no país, e sobre os ataques que mataram 32 pessoas no aeroporto e no metrô de Bruxelas em 22 de marco de 2016, garantiu a Procuradoria em um comunicado.

Também não está relacionado com o atentado frustrado na Estação Central de Bruxelas, em 21 de junho, onde um homem suspeito de querer cometer um atentado morreu após a explosão de sua mala que estava cheia de explosivos no subsolo da estação, segundo a Procuradoria.

Criada em 2003 na periferia de Bruxelas, a gangue "Kamikazes Riders" é acusada de ter ligações com os atentados frustrados na capital belga no final de 2015. Em outubro de 2016, dois membros deste grupo foram condenados por "pertencer a um grupo terrorista" ligado ao movimento extremista islâmico.

No momento da prisão, no final de 2015, os dois homens, Saïd Saouti de 30 anos, condenado a 6 anos de reclusão, e Mohamed Karay, de 27 anos, condenado a 3 anos, eram suspeitos de planejar um ataque do mesmo tipo que os atentados de Paris de 13 de novembro de 2015.

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