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Operação antiterrorista na Bélgica termina com mortos

Durante a ação da polícia contra um suposto grupo terrorista, realizada nas proximidades do centro de Verviers, foram detidas várias pessoas


	Verviers, na Bélgica: operação foi realizada pela polícia federal belga e por unidades especiais da luta antiterrorista
 (Wikimedia Commons)

Verviers, na Bélgica: operação foi realizada pela polícia federal belga e por unidades especiais da luta antiterrorista (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2015 às 16h58.

Bruxelas - Duas pessoas morreram e uma ficou ferida em uma operação antiterrorista da polícia na cidade de Verviers, na província de Liège, na Bélgica, informou nesta quinta-feira a imprensa local.

Durante a ação da polícia contra um suposto grupo terrorista, realizada nas proximidades do centro de Verviers, foram detidas várias pessoas.

A promotoria belga, no entanto, não confirmou o número de mortos e feridos.

Além da operação na cidade, unidades antiterroristas da polícia federal realizaram uma segunda operação em Bruxelas com o objetivo de capturar um grupo de jihadistas que tinham retornado da Síria e que estavam sob vigilância policial, informou o jornal "Le Soir" em sua edição digital.

Segundo a publicação, escutas em suas casas e de linhas telefônicas "teriam revelado que os suspeitos tinham a intenção de cometer atentados na capital belga após os ataques de Paris".

As mortos na operação em Vanviers eram jovens desta cidade, islamitas conhecidos e seguidos pela polícia federal belga, segundo meios de comunicação locais.

De acordo com a imprensa belga, eles teriam retornado ao país após passar várias semanas na Síria.

Segundo o jornal "De Standaard" e a rede de televisão pública "RTBF", dois jihadistas morreram na operação antiterrorista em Verviers, embora outros meios de comunicação como o "L"Echo" e a rede de televisão "RTL-TVI" falem de uma terceira vítima fatal.

A operação foi realizada pela polícia federal belga e por unidades especiais da luta antiterrorista.

Durante a ação, foram ouvidas várias explosões.

Moradores da região próxima à estação de trens de Verviers disseram à rede de televisão "RTBF" que "ouviram disparos e várias explosões", enquanto outras testemunhas citados pelo "Le Soir" afirmaram terem "visto correndo dois jovens de entre 25 e 39 anos e de origem norte-africana, vestidos de negro e com uma bolsa da mesma cor".

O "De Standaard" disse que, segundo suas fontes, os homens "planejavam uma ataque e com esta operação se evitou uma nova tragédia como a de Paris", ocorrida na semana passada quando os irmãos Saïd e Chérif Kouachi mataram doze pessoas em um ataque contra o semanário satírico "Charlie Hebdo".

As autoridades belgas aumentaram a vigilância sobre supostos grupos jihadistas desde os ataques de Paris, nos quais morreram 17 pessoas, e na quarta-feira detiveram um homem que negociou com os irmãos Kouachi a entrega das armas utilizadas no atentado contra a sede do semanário.

O homem foi acusado de tráfico de armas por ordem de um juiz da cidade de Charleroi, segundo confirmou a promotoria, encarregada da investigação.

O traficante explicou que ao saber da relação de Coulibaly com o movimento radical Estado Islâmico (EI) se assustou e preferiu contar o que sabia para a polícia. 

Atualizado às 17h59.

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