Mundo

Opep decide manter nível de produção

Organização continuará produzindo 24,8 milhões de barris diários até a reunião marcada para 11 de dezembro, quando decisão pode ser mudada

Sede da Opep, em Viena: presidente do grupo, o equatoriano Wilson Pastor-Morris, anunciou a decisão

Sede da Opep, em Viena: presidente do grupo, o equatoriano Wilson Pastor-Morris, anunciou a decisão

DR

Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2010 às 16h22.

Viena - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) decidiu hoje manter seu nível de produção de petróleo em 24,8 milhões de barris diários, pelo menos até 11 de dezembro, para quando está prevista uma nova reunião em Quito, em ocasião que o Equador passará a presidência rotativa ao Irã.

Vários ministros do grupo confirmaram perante a imprensa o resultado da reunião, que mantém a produção do grupo inalterada desde 2008.

"Tudo segue igual porque a situação do mercado é boa", assinalou Ali bin Ibrahim Al-Naimi, o ministro do Petróleo da Arábia Saudita.

"Sim, sim. Tudo igual", assinalou à Agência Efe Wilson Pastor-Morris, ministro de Recursos Naturais Não Renováveis do Equador, quando questionado se a 157ª conferência ministerial da Opep havia chegado à conclusão de não mudar as cotas de produção.

Na sessão plenária de hoje, todos os ministros aceitaram o convite apresentado pelo Equador para realizar uma reunião extraordinária em Quito.

Com esse encontro, previsto para dezembro, os 12 membros da Opep fecharão as celebrações do 50º aniversário da fundação do grupo.


Outra importante decisão foi conceder a presidência rotativa da Opep ao Irã, o segundo maior produtor do grupo e que tem sido alvo de protestos do Ocidente por seu controverso programa nuclear, que assumirá o cargo pela primeira vez em três décadas.

O resultado do encontro era o esperado pelo mercado do petróleo, depois de os ministros expressarem nos últimos dias satisfação com o nível atual dos preços do "ouro negro" e seu desejo de manter as coisas como estão.

O limite do nível de produção do grupo, cuja vigência foi renovada hoje pela quinta vez, foi estipulado em dezembro de 2008, quando os ministros concordaram com um histórico corte de 4,2 milhões de barris diários, ou seja, 14,4% de sua produção conjunta (sem o Iraque).

Questionado sobre a necessidade de aumentar o prazo do corte de produção, Naimi respondeu: "sim, certamente".

Em seu discurso inaugural, Pastor-Morris, ainda com o cargo de presidente rotativo do grupo, destacou que o atual preço do petróleo "desperta reações positivas de produtores e consumidores" neste momento de incerteza econômica, embora ainda "persista o potencial de um retorno a uma alta volatilidade" das cotações.

Leia mais notícias sobre petróleo

Siga as notícias do site EXAME sobre Meio Ambiente e Energia no Twitter


Acompanhe tudo sobre:EnergiaIndústriaIndústria do petróleoIndústrias em geralPetróleo

Mais de Mundo

Social-democratas nomeiam Scholz como candidato a chanceler nas eleições antecipadas

Musk critica caças tripulados como o F-35 — e exalta uso de drones para guerras

Líder supremo do Irã pede sentença de morte contra Netanyahu

Hezbollah coloca Tel Aviv entre seus alvos em meio a negociações de cessar-fogo