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Opep abre reunião sem Líbia e sem consenso sobre petróleo

Esta é o primeiro encontro da organização desde o início da onda de protestos no Oriente Médio

Opep: não está descartada o reajuste da cota oficial do nível da produção (Wikimedia Commons)

Opep: não está descartada o reajuste da cota oficial do nível da produção (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2011 às 08h51.

Viena - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) começou nesta quarta-feira sua primeira reunião deste ano sem consenso prévio sobre a oferta futura de petróleo em meio a confusão a respeito da presença da Líbia, castigada por uma guerra civil e que deixou de fornecer cru ao mercado.

Como comprovou a Agência Efe, os assentos da delegação da Líbia na sala do conselho de ministros da sede da Opep estavam vazios durante a sessão inaugural da 159ª conferência ministerial do grupo.

Havia rumores, no entanto, que um representante líbio havia aterrissado nesta quarta no aeroporto de Viena por volta do meio-dia.

Com relação ao possível resultado da reunião, a primeira desde o início da onda de protestos no Oriente Médio, os ministros da Opep terão ainda muito que debater.

Enquanto alguns países, com Arábia Saudita à frente, defendem o aumento da produção, outros, como Venezuela, Equador e Irã, não querem colocar mais petróleo no mercado.

"Não vemos razão alguma" para aumentar a produção, insistiu o ministro venezuelano Rafael Ramírez à imprensa, enquanto seu colega equatoriano, Wilson Pástor, defendeu como adequado o preço "entre US$ 90 e US$ 100".

Com relação ao provável resultado da reunião, não está descartada o reajuste da cota oficial do nível da produção, o que não significaria petróleo adicional para o mercado.

A produção oficial atual é de 24,8 milhões de barris diários (mbd), frente ao bombeamento real de 26,2 mbd, como reconhecem os próprios analistas do grupo.

Em nome dos defensores do acréscimo, o titular dos Emirados Árabes Unidos, Mohammed Bin Dhaen al Hamli, disse que "se o mercado precisa de mais petróleo, aumentaremos a produção. Sempre reagimos à situação do mercado".

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