Combatentes do grupo Estado Islâmico (EI), no Iraque: "Recentes informações sobre o possível uso de armas químicas no Iraque por parte de atores não estatais são motivo de grave preocupação" (ISIL/AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de agosto de 2015 às 09h22.
Bruxelas - A Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) expressou nesta segunda-feira sua preocupação pelo suposto uso de armas químicas por parte do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) no Iraque, e garantiu que examinará a informação que receber sobre ataques.
"Recentes informações sobre o possível uso de armas químicas no Iraque por parte de atores não estatais são motivo de grave preocupação", disse o diretor-geral da OPAQ, o turco Ahmet Üzümcü, em comunicado.
A OPAQ, órgão executor do Convenção sobre as Armas Químicas com sede em Haia, está em contato com o governo iraquiano e examinará "qualquer informação que possa ser compartilhada com os Estados-membros" da organização, afirmou.
Üzümcü lembrou que os Estados parte da Convenção sobre as Armas Químicas consideram o emprego deste tipo de armamento por "qualquer e sob qualquer circunstância, censurável e completamente contrário às normas e aos padrões jurídicos da comunidade internacional".
O Ministério da Defesa alemão disse na quinta-feira que o EI atacou com armas químicas os peshmerga, os soldados curdos que combatem os jihadistas no norte do Iraque, na cidade de Machmur.
Além disso, segundo o "The Wall Street Journal" e a rede "NBC", o Departamento de Defesa dos EUA também acredita que o grupo jihadista pode ter usado pela primeira vez gás mostarda na semana passada.