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OPAQ confirma uso de gás cloro como arma química na Síria

Relatório constata que esta arma química foi utilizada nos povos de Talmanes, Al Tamanah e Kafr Zeta, todos localizados no norte da Síria


	Síria: relatório revelado hoje é o resultado de várias entrevistas a vítimas, médicos, socorristas e testemunhas dos ataques
 (Louai Beshara/AFP)

Síria: relatório revelado hoje é o resultado de várias entrevistas a vítimas, médicos, socorristas e testemunhas dos ataques (Louai Beshara/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 16h25.

Bruxelas - A Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) afirmou nesta quarta-feira que tem provas "convicentes" do uso sistemático e repetido de gás cloro como arma química na Síria, segundo afirmou em comunicado

A missão da OPAQ encarregada de determinar a utilização deste gás possui informações que constituem uma "confirmação convincente de que um químico tóxico foi utilizado sistematicamente e repetidamente como arma em povos do norte da Síria", assinala a organização em comunicado.

A OPAQ explica que os sintomas derivados da exposição a este gás, assim como a resposta dos pacientes ao tratamento e outras questões permitem concluir que se trata concretamente de gás cloro, puro ou misturado com outra substância.

O relatório constata que esta arma química foi utilizada nos povos de Talmanes, Al Tamanah e Kafr Zeta, todos localizados no norte da Síria.

A missão da OPAQ encarregada de determinar se os ataques ocorreram com este gás tentou em maio sem sucesso se aproximar de Kafr Zeta, mas após ser atacada decidiu realizar entrevistas com testemunhas em um lugar seguro fora da Síria, explica a organização.

O relatório revelado hoje é o resultado de várias dessas entrevistas a vítimas, médicos, socorristas e testemunhas dos ataques.

Também inclui documentação, vídeo, registros médicos e outras provas recolhidas desde a publicação de um primeiro relatório da missão de investigação em meados de junho.

Após o estabelecimento da missão no final de abril, houve uma marcada redução nos ataques com cloro em maio, junho e julho, mas houve uma onda de novas em agosto, assegura a OPAQ.

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