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Onze funcionários da venezuelana PDVSA são presos por sabotagem

Denúncias vêm à tona em meio à estagnação da produção de petróleo, responsável por 96% das receitas do país

Estatal petroleira: investigações determinaram a falta de 200 mil barris em um dos barcos (Wilfredor/Wikimedia Commons)

Estatal petroleira: investigações determinaram a falta de 200 mil barris em um dos barcos (Wilfredor/Wikimedia Commons)

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AFP

Publicado em 27 de junho de 2018 às 18h58.

As autoridades venezuelanas prenderam 11 funcionários da estatal PDVSA acusados de sabotar a produção petroleira, em seu nível mais baixo nos últimos 30 anos, informou nesta quarta-feira o Ministério Público.

As prisões foram ordenadas por uma suposta negligência "premeditada" no despacho de nafta, um derivado usado na produção de petróleo, e irregularidades na carga de navios petroleiros, disse o procurador-geral, Tarek William Saab, à imprensa.

O MP garante que, pelo primeiro caso, foram deixados de produzir 175 mil barris de petróleo, e que isso, somado às falhas nos embarques, gerou um prejuízo de 14 milhões de dólares.

Saab descreveu estas práticas como "sabotagem à economia nacional".

As supostas manobras com a nafta, registradas em 14 de junho passado, afetaram operações nas empresas mistas Petromonagas e Petrosinovensa na Faixa Petrolífera de Orinoco, amplo território de cerca de 55.000 km2 no sudeste da Venezuela, país que concentra as maiores reservas de petróleo do mundo.

O outro crime teria acontecido em 16 e 17 de junho, "quando se cometeram graves erros" no carregamento de 1,8 milhão de barris de petróleo do tipo Merey em dois navios.

As investigações determinaram a falta de 200 mil barris em um dos barcos, enquanto se "comprovou uma carga excedente de 162 mil barris" em outro, detalhou Saab.

Essas denúncias vêm à tona em meio à estagnação da produção de petróleo, responsável por 96% das receitas do país.

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