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ONU vê avanços nas conversas para estabilidade no Iêmen

Iêmen está imerso em um profundo conflito político desde que o movimento rebelde xiita dos houthis tomou o controle da capital Sana em setembro do ano passado


	Um lutador houthi em veículo militar anda em rua que leva ao palácio presidencial durante confrontos em Sanaa, Iêmen
 (Khaled Abdullah/Reuters)

Um lutador houthi em veículo militar anda em rua que leva ao palácio presidencial durante confrontos em Sanaa, Iêmen (Khaled Abdullah/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2015 às 09h04.

Sana - O enviado especial da ONU para o Iêmen, Jamal Benomar, disse nesta quarta-feira na cidade de Aden que ocorreram "avanços" nas conversas políticas entre as várias forças e grupos do país.

Em uma audiência coletiva, Benomar afirmou que começou a se "cristalizar um consenso" sobre a formação de um poder executivo e legislativo, mas alertou que ainda não foi alcançado nenhum acordo definitivo.

Além disso, o emissário internacional, que chegou em Aden procedente de Sana, reiterou que "a negociação pacífica é o único caminho para resolver a crise política" no país.

O Iêmen está imerso em um profundo conflito político desde que o movimento rebelde xiita dos houthis tomou o controle da capital Sana em setembro do ano passado, e a situação piorou em fevereiro, quando o presidente, Abdel Rabu Mansur Hadi, refugiou-se na cidade de Aden.

Benomar também contou que entrou em contato com as partes em conflito para não legitimar os grupos que promovem a violência.

"O diálogo que apoiamos não deve conceder legitimidade aos setores que recorrem à violência", ressaltou Benomar.

O enviado da ONU advertiu, embora sem entrar em detalhes, que "existem elementos extremistas de vários setores que tentam promover o fracasso das atuais negociações".

Benomar disse que enviou um relatório sobre a situação no país para o Conselho de Segurança da ONU.

"Nenhuma das partes pode ter êxito em impor seu controle pela força sobre todas as regiões do Iêmen", declarou o enviado da ONU.

Benomar afirmou ainda que quem "acredita no uso da força militar" está empurrando o país "para uma longa luta como a da Líbia e da Síria"."

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