Soldados da ONU observam a linha de cessar-fogo entre as Colinas de Golã e a Síria: Israel ocupou a Colinas de Golã em 1967 e anexou esse território em 1981 (AFP/Jack Guez)
Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2012 às 19h32.
Nova York - A ONU reforçará a segurança de sua missão em Golã, após incidentes devido ao conflito na Síria, anunciou nesta sexta-feira o chefe das operações de paz do organismo, Hervé Ladsous.
A Força das Nações Unidas de Observação da Separação em Golã (FNUOD, na sigla em inglês), que monitora a separação das forças israelenses e sírias no território localizado na fronteira entre ambos os países, receberá mais veículos blindados e "sua capacidade de análise política se fortalecerá", disse Ladsous.
"Estamos tomando medidas para reforçar a segurança da Força", explicou. A ONU também está em consulta com os países que aportam contingentes à FNUOD, que conta com milhares de soldados provenientes da Áustria, Croácia, Índia, Japão e Filipinas.
Os incidentes se multiplicaram durante várias semanas na área desmilitarizada patrulhada pela missão em Golã, incluindo tiroteios e incursões do Exército sírio na busca de integrantes da oposição.
Israel ocupou a Colinas de Golã durante a guerra de Seis Dias de 1967 e anexou esse território em 1981, uma decisão que nunca foi reconhecida pela comunidade internacional. O Conselho de Segurança estabeleceu a força em 1974 para que o cessar fogo fosse respeitado entre as forças israelenses e sírias.