Mundo

ONU teme que violência no Iraque eleve deslocados a 1 milhão

Os ataques de Mossul da última semana provocaram o deslocamento forçado de pelo menos 300 mil pessoas

Veículos danificados são vistos durante confrontos em Mossul, no norte do Iraque, nesta terça-feira (REUTERS/Stringer)

Veículos danificados são vistos durante confrontos em Mossul, no norte do Iraque, nesta terça-feira (REUTERS/Stringer)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 11h57.

Genebra - Os deslocados iraquianos podem chegar rapidamente a 1 milhão após a recente ofensiva do grupo insurgente Estado Islâmico do Iraque e o Levante (EIIL) contra a cidade de Mossul (norte), segundo as agências humanitárias das Nações Unidas.

"As agências da ONU estão fazendo um pedido de emergência para prestar socorro adicional a meio milhão de pessoas como resultado dessa crise", disse hoje o escritório do Alto Comissariado para os Refugiados (Acnur).

O Acnur espera entregar em breve artigos de emergência para a higiene e para cozinhar, além de milhares de barracas, aos novos deslocados.

As autoridades locais informaram os representantes da ONU que os ataques de Mossul da última semana provocaram o deslocamento forçado de pelo menos 300 mil pessoas.

Mas as organizações de ajuda coincidem em elevar esse número a 500 mil pessoas, que se somam a outro meio milhão de foragidos desde janeiro dos combates entre insurgentes e forças governamentais na província ocidental de Anbar.

Os delegados do Acnur alocados em zonas que delimitam as províncias de Ninive (noroeste, cuja capital é Mossul) e o Curdistão iraquiano (norte) reportaram que os que fogem para essas regiões chegam totalmente sem dinheiro, alimentos, água ou remédios, sem saber aonde ir nem como pagar suas despesas.

"Tentamos fazer tudo o que podemos para lhes dar cobertura, alimentá-los, fornecer-lhes água e atendimento médico nos próximos dias", declarou uma voluntária da ONU encarregada de recebê-los, Gemma Woods.

A situação de terça-feira foi descrita por Gemma como particularmente catastrófica, com um "êxodo em massa de pessoas em estado de pânico, com ônibus e automóveis lotados sob sol forte, e outros milhares de pessoas cruzando a pé".

O EIIL tomou nesta semana com o controle de Mossul e Tikrit, capitais das províncias iraquianas de Ninawa e Saladino. 

Acompanhe tudo sobre:Estado IslâmicoImigraçãoIraqueIslamismoONURefugiadosSunitas

Mais de Mundo

Social-democratas nomeiam Scholz como candidato a chanceler nas eleições antecipadas

Musk critica caças tripulados como o F-35 — e exalta uso de drones para guerras

Líder supremo do Irã pede sentença de morte contra Netanyahu

Hezbollah coloca Tel Aviv entre seus alvos em meio a negociações de cessar-fogo