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ONU: taxa sobre transações deveria ser global

Medida tem como objetivo encontrar um formato efetivo para financiar as metas de desenvolvimento da organização

Reunião dos líderes mundiais na ONU para definir as metas do milênio (Getty Images)

Reunião dos líderes mundiais na ONU para definir as metas do milênio (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2010 às 11h18.

Bruxelas - A Comissão Europeia (CE) voltou a defender nesta terça-feira que a criação de uma eventual taxa sobre as transações financeiras internacionais seja adotada em escala mundial, para ser eficaz e não criar distorções.

"Sempre dissemos que uma taxa sobre as transações financeiras deveria ser global", disse a porta-voz do Executivo comunitário, Pia Ahrenkilde.

A declaração foi concedida depois que o presidente da França, Nicolas Sarkozy, pediu a adoção de um imposto sobre as transações para lutar contra a pobreza, durante a cúpula organizada pela ONU em Nova York para revisar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).

O presidente do Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, aderiu ao pedido de Sarkozy e se comprometeu a defender a medida em todos os fóruns internacionais, desde a União Europeia (UE) até o Grupo dos Vinte (G-20, grupo que reúne os países ricos e os principais emergentes).

Neste sentido, a CE reconheceu hoje "a necessidade de encontrar fontes apropriadas e efetivas para financiar as metas de desenvolvimento" e explicou que estuda outras possibilidades, entre elas a taxa sobre as transações financeiras.

A Comissão Europeia também lembrou que a fiscalização do setor financeiro está sendo objeto de revisão em um sentido mais amplo, depois que os líderes europeus acordaram, em junho deste ano, em introduzir um imposto dentro do novo marco de resolução de crise bancárias.

A União Europeia estuda os diferentes tipos de encargos e objetivos aos quais seria destinada a arrecadação, desde as políticas de luta contra a mudança climática, o desenvolvimento, fundos de resolução de crises financeiras ou a simples estabilização dos orçamentos dos Estados-membros atingidos pela crise.

No entanto, o primeiro debate centrado nos detalhes do assunto, em 7 de setembro, revelou que ainda não existe um consenso sobre a sua forma.

A Comissão Europeia divulgou nesta terça-feira que o comissário de Fiscalização e União Aduaneira, o lituano Algirdas Semeta, apresentará uma série de propostas sobre o tema em outubro.

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