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ONU suspeita de terroristas por trás de atentados na Síria

O principal responsável da ONU chegou a dizer que por trás dos ataques, que deixaram mais de 50 vítimas fatais, poderia se encontrar o grupo terrorista Al Qaeda

O secretário-geral se mostrou preocupado perante o impacto que esse tipo de ataques pode ter sobre o trabalho dos observadores (AFP)

O secretário-geral se mostrou preocupado perante o impacto que esse tipo de ataques pode ter sobre o trabalho dos observadores (AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2012 às 21h29.

Nações Unidas - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, mostrou nesta sexta-feira sua preocupação com um possível envolvimento de grupos terroristas "organizados e com um objetivo concreto" nos atentados realizados no dia 10 de maio em Damasco.

"Os recentes atentados em Damasco sugerem que foram cuidadosamente orquestrados. Vendo sua escala e sofisticação, se pode pensar que foram perpetrados por um grupo concreto, com organização e um objetivo concreto", assegurou Ban a um grupo de jornalistas na sede central da ONU.

Na véspera, o principal responsável da ONU chegou a dizer que por trás dos ataques, que deixaram mais de 50 vítimas fatais, poderia se encontrar o grupo terrorista Al Qaeda, embora nesta sexta tenha evitado mencionar o nome dessa organização.

"Estamos tentando investigar quem compõem este terceiro elemento após os ataques", disse Ban, em uma declaração na qual deixou entrever que nem as forças governamentais nem as da oposição síria estariam relacionadas com os atentados.

O secretário-geral se mostrou preocupado perante o impacto que esse tipo de ataques pode ter sobre o trabalho dos observadores que compõem a Missão de Supervisão das Nações Unidas na Síria, encarregada de vigiar o cumprimento do plano de paz idealizado pelo enviado especial para o país árabe, Kofi Annan.

"Ao mesmo tempo, estou preocupado porque esta situação já aconteceu em países vizinhos, como o Líbano", disse Ban, enquanto seu porta-voz, Martin Nesirky, se limitou a confirmar que o organismo considera que os atentados na Síria levam "a marca terrorista com a qual estamos familiarizados de outros lugares". 

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