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ONU se preocupa com violações dos direitos humanos no Sri Lanka

A Organização afirma que, apesar dos avanços, o país ainda registra casos de tortura e de uso excessivo da força por parte da polícia

Protesto: durante 37 anos, a ilha do Oceano Índico sofreu uma feroz guerra civil entre o governo e a minoria tâmil (China-Silkroad/Stringer/File Photo/Sri Lanka/Reuters)

Protesto: durante 37 anos, a ilha do Oceano Índico sofreu uma feroz guerra civil entre o governo e a minoria tâmil (China-Silkroad/Stringer/File Photo/Sri Lanka/Reuters)

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AFP

Publicado em 3 de março de 2017 às 11h14.

A Organização das Nações Unidas (ONU) expressou nesta sexta-feira em um relatório o temor de continuidade dos abusos e violações dos direitos humanos contra a população do Sri Lanka, assim como o medo de "descarrilamento" do atual processo de paz.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos admite no documento que foram registrados progressos nos direitos humanos e na reforma constitucional, mas aponta que acontecem no Sri Lanka "certas violações graves dos direitos humanos", como a tortura ou o uso excessivo da força por parte da polícia.

O relatório será apresentado em 22 de março ao Conselho dos Direitos Humanos da ONU em Genebra.

Esta ilha do Oceano Índico sofreu durante 37 anos uma feroz guerra civil entre o governo e a minoria tâmil. O conflito acabou em 2009 com a vitória final do governo de Colombo, após um confronto que deixou milhares de civis mortos.

A guerra civil matou mais de 100.000 pessoas. Quase 40.000 civis tâmeis teriam falecido em ações da forças do governo nos últimos meses do conflito.

O Conselho de Direitos Humanos pediu ao Sri Lanka a abertura de investigações verificáveis sobre os crimes de guerra, assim como a adoção de um verdadeiro processo de reconciliação.

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