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ONU se opõe à devolução de refugiados após ataques

A ONU rejeitou apelos para devolver refugiados da Síria para impedir que extremistas se misturem entre os demandantes de asilo

Migrantes e refugiados chegam no campo de processamento depois de cruzar a fronteira entre Grécia e Macedônia (Robert Atanasovski/AFP)

Migrantes e refugiados chegam no campo de processamento depois de cruzar a fronteira entre Grécia e Macedônia (Robert Atanasovski/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2015 às 21h43.

A ONU rejeitou nesta segunda-feira os apelos para devolver refugiados da Síria para impedir que extremistas como os que lançaram os atentados em Paris se misturem entre os demandantes de asilo.

Países europeus, o Canadá e os Estados Unidos recebem pedidos para negar a entrada de refugiados depois que os investigadores franceses disseram que um dos atacantes em Paris era um cidadão sírio que pode ter chegado à Europa em uma onda de migrantes.

"É compreensível que os países precisem tomar toda classe de medidas para proteger seus cidadãos contra qualquer forma de terrorismo", disse o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric. "Mas concentrar-se nos refugiados, nas pessoas vulneráveis que estão fugindo da violência, não seria o caminho correto para seguir".

"Há gente que está fugindo da mesma destruição do Daesh (acrônimo árabe do grupo Estado Islâmico) que vimos em Paris", acrescentou.

O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelos ataques que deixaram na sexta-feira 129 mortos com tiros e homens-bomba em uma casa de shows, nas proximidades de um estádio esportivo, bares e restaurantes de Paris.

A líder da Frente Nacional francesa, Marine Le Pen, pediu uma suspensão imediata das novas chegadas, enquanto o movimento xenófobo alemão PEGIDA tachou de fracassada a política migratória europeia.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, declarou reiteradamente que fechar as fronteiras não é a resposta para a pior crise migratória na Europa desde a Segunda Guerra Mundial e pediu que os governos aceitem mais refugiados.

"A reação à onda de refugiados que vimos é de compaixão e empatia", disse Dujarric.

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