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ONU registra mais 90 mil pessoas deslocadas no Líbano desde intensificação do conflito com Hezbollah

No último dia 23, as forças israelenses operaram intensos bombardeios contra alvos do movimento xiita, causando o maior número de mortos no país desde a guerra civil

Pessoas deslocadas pelo conflito do sul do Líbano desembarcam de um veículo na beira de uma estrada em Beirute em 24 de setembro de 2024 (AFP)

Pessoas deslocadas pelo conflito do sul do Líbano desembarcam de um veículo na beira de uma estrada em Beirute em 24 de setembro de 2024 (AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 25 de setembro de 2024 às 12h04.

Última atualização em 25 de setembro de 2024 às 12h45.

A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou nesta quarta-feira que cerca de 90 mil pessoas foram deslocadas no Líbano esta semana, em meio à troca de hostilidades entre Israel e o movimento xiita libanês Hezbollah. Em comunicado, a Organização Internacional para as Migrações da ONU disse ter registrado "90.530 novos deslocados" desde segunda-feira, quando as forças israelenses lançaram uma intensa campanha de bombardeios que causou o maior número de mortos no Líbano desde o fim da guerra civil (1975-1990).

Segundo a ONU, cerca de 113 mil pessoas que viviam perto da fronteira já tinham sido deslocadas desde outubro, quando a guerra em Gaza teve início e o grupo xiita Hezbollah e as forças de Israel passaram a trocar fogo quase diariamente. No dia anterior, o coordenador libanês de preparação para emergências, Nasser Yassine, afirmou que pelo menos 16,5 mil pessoas tinham sido deslocadas nas últimas 24 horas.

Desde segunda-feira, milhares de famílias do sul do Líbano encheram carros e minivans com malas, colchões, cobertores e tapetes, lotando a estrada em direção ao norte, rumo a Beirute, para escapar dos bombardeios. Na capital, escolas foram adaptadas para receber os deslocados, e voluntários se apressaram para reunir água, remédios e camas.

Desde segunda-feira, milhares de famílias do sul do Líbano encheram carros e minivans com malas, colchões, cobertores e tapetes, lotando a estrada em direção ao norte, rumo a Beirute, para escapar dos bombardeios. Na capital, escolas foram adaptadas para receber os deslocados, e voluntários se apressaram para reunir água, remédios e camas. O ministro das Relações Exteriores do Líbano, Abdallah Bou Habib, disse na terça-feira que o número de deslocados no Líbano “agora provavelmente... se aproxima de meio milhão”.

No último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde do Líbano na terça-feira, a troca de hostilidades já deixou 569 mortos. Nesta quarta, a pasta registrou novos 51 óbitos, segundo o ministro Firass Abiad a repórteres.

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