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ONU reforça presença de tropas no Sudão do Sul

De acordo com a representante da ONU Hilde Johnson, o país precisa de US$ 166 milhões (R$ 390 milhões) para responder a necessidades humanitárias


	Capacete azul da ONU no Sudão do Sul: na terça-feira, Conselho de Segurança da ONU aprovou resolução que prevê envio de reforço de tropas para proteger civis do país
 (Tim Mckulka/AFP)

Capacete azul da ONU no Sudão do Sul: na terça-feira, Conselho de Segurança da ONU aprovou resolução que prevê envio de reforço de tropas para proteger civis do país (Tim Mckulka/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2013 às 20h01.

Brasília - Os reforços de capacetes azuis das Nações Unidas (ONU) para o Sudão do Sul chegarão ao país no sábado (28). De acordo com a representante da ONU Hilde Johnson, o país precisa de US$ 166 milhões (R$ 390 milhões) para responder a necessidades humanitárias como higiene, condições básicas de saúde, alimenos e gestão do campo de refugiados.

"Estamos precisando desesperadamente aumentar a capacidade e a força para que possamos implementar o mandado [da missão da ONU no país] de forma mais proativa", informou Hilde.

Na terça-feira, o Conselho de Segurança da ONU aprovou resolução que prevê o envio de reforço de tropas para proteger os civis do país. O contingente militar no país aumentará de cerca de 7 mil para 12,5 mil homens.

De acordo com a representante da organização, mais 50 mil civis buscaram ajuda nas bases da ONU - o que reforça a necessidade de rapidez para que as tropas adicionais e helicópteros cheguem ao país.

Segundo Hilde Johnson, os capacetes azuis estão instruídos a usar força caso civis estejam em perigo iminente. A ONU informou que está investigando denúncias de mortes, prisões arbitrárias e abuso sexual em massa. Segundo a organização, os culpados serão responsabilizados.

"Eu peço aos líderes do Sudão do Sul que ordenem às suas forças a baixarem suas armas e deem uma chance à paz", disse Hilde Johnson.

Hoje, o presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, e o primeiro-ministro da Etiópia, Haliemariam Desalegn, foram ao país na tentativa de mediar o conflito e tentar encontrar uma solução negociada aos confrontos. O ministro dos Negócios Estrangeiros etíope, Tedros Adhanom Ghebreyesus, informou que foram feitos “bons progressos” nesta quinta-feira. Está marcado para amanhã (27) em Nairóbi, no Quênia, um encontro da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (Igad, sigla em inglês), bloco comercial formado por oito países africanos, entre os quais o Sudão do Sul.

Os confrontos no país se intensificaram no último mês, especialmente depois de uma tentativa frustrada de golpe de Estado. O conflito opõe forças leais ao presidente Salva Kiir e as do ex-vice-presidente Riek Machar, destituído em julho. Os líderes fazem parte de etnias diferentes, o que desencadeou ações violentas de caráter étnico e pelo domínio de áreas ricas em petróleo - que representam 95% da economia sul-sudanesa.

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