Mundo

ONU recomenda precaução com ebola em voos

O risco da doença ser transmitida em viagens é baixo, já que o vírus não se difunde pelo ar, mas a agência da ONU, ainda assim, recomenda medidas de precaução


	Ebola: pessoa geralmente desenvolve sintomas de dois a 21 dias depois do contágio
 (Zoom Dosso/AFP)

Ebola: pessoa geralmente desenvolve sintomas de dois a 21 dias depois do contágio (Zoom Dosso/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2014 às 15h50.

Genebra - A Organização Mundial da Saúde (<strong><a href="https://exame.com.br/topicos/oms">OMS</a></strong>) alertou os países onde o <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/ebola">ebola</a></strong> se espalha para que comecem imediatamente a examinar todos os passageiros em voos internacionais, portos e nas maiores fronteiras terrestres.</p>

O risco da doença ser transmitida em viagens é baixa, já que o vírus não se difunde pelo ar, mas a agência da Organização das Nações Unidas (ONU), ainda assim, recomenda medidas de precaução.

De acordo com a OMS, nenhuma pessoa com sintomas que indiquem a presença do ebola deveria ser liberada para viajar normalmente.

Além disso, todos os passageiros devem lavar as mãos várias vezes para evitar o contato direto com fluidos corporais ou pessoas infectadas.

"A transmissão [do vírus] requer o contato direto com sangue, secreções, órgãos ou outros fluidos corporais da pessoa ou animal infectado, esteja vivo ou morto. Todas exposições improváveis para o viajante comum", informou a agência em nota.

A agência da ONU para segurança aeronáutica também tentou tranquilizar os passageiros de voos internacionais e afirmou que a chance de se infectar com o vírus durante uma viagem é remota.

"O risco de transmissão do vírus do ebola durante voos é baixo", informou a Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO, na sigla em inglês) em nota.

A ICAO anunciou que se uniu à OMS e outros grupos, incluindo a Associação Internacional de Transporte Aéreo, em um esforço para estabelecer uma força-tarefa para monitorar a situação e fornecer informações para o setor de viagens e turismo, além dos passageiros.

A única maneira de conter o avanço da doença, para a qual não há tratamento comprovado, é o isolamento dos doentes e a vigilância constante de sinais de infecção naqueles que entraram em contato com o ebola.

Uma pessoa geralmente desenvolve os sintomas de dois a 21 dias depois do contágio e, após o período de incubação, ela deve sentir náusea, fraqueza, dor muscular, dor de cabeça e a garganta irritada, avisa a OMS.

Nos casos mais graves, os sintomas envolvem vomito, diarreia, coceira e sangramento.

Todos os países, mesmo aqueles não afetados pela epidemia de ebola no Oeste da África, precisam fortalecer suas habilidades de detecção e imediatamente conter novos casos, sem fazer nada que interfira desnecessariamente nas viagens ou no comércio internacional, diz a agência.

Os governos não precisam impor restrições a viajantes ou exames obrigatórios de passageiros se não fizerem fronteira com os países onde o surto se espalha. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:DoençasEbolaEpidemiasOMS (Organização Mundial da Saúde)Saúde

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia