Prédio da ONU, em Nova York: organismo informou que mais de 80% dos planos incluem objetivos mensuráveis e ações de adaptação às mudanças climáticas (Meizahn/ThinkStock)
Da Redação
Publicado em 2 de outubro de 2015 às 16h44.
A Organização das Nações Unidas (ONU) já recebeu de 146 países, representando quase 87% das emissões globais de gases de efeito estufa, a Pretendida Contribuição Nacionalmente Determinada (INDC na sigla em inglês).
A INDC consiste nos planos nacionais de redução de emissões que os países levarão para a 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima (COP21), entre 30 de novembro e 11 de dezembro, em Paris.
Ao final da COP21, um novo acordo global climático será firmado entre os 196 membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC na sigla em inglês), que entrará em vigor a partir de 2020.
Segundo a ONU, todos os países desenvolvidos da Convenção e 104 países em desenvolvimento já entregaram suas contribuições nacionais.
O organismo informou que mais de 80% dos planos incluem objetivos mensuráveis e ações de adaptação às mudanças climáticas.
“Esta ampla resposta dos países reflete o crescente reconhecimento de que há uma oportunidade única para atingir baixas emissões [de gases de efeito estufa] e desenvolvimento sustentável em nível nacional”, informou, por meio de nota, a secretária executiva da Convenção, Christiana Figueres.
“As INDCs podem ser vistas como um robusto portfólio de oportunidades boas para cada país e para o planeta”.
De acordo com a ONU, os demais países devem submeter suas INDCs antes do início da COP21. No dia 1º de novembro, o secretariado da UNFCCC divulgará um relatório de todos os planos nacionais apresentados.
A meta brasileira foi apresentada domingo (27) pela presidenta Dilma Rousseff na Cúpula das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.
O objejtivo é diminuir as emissões de gases de efeito estufa em 37% até 2025 e em 43% até 2030, tendo 2005 como ano-base.
Para isso, o país prevê, entre outras ações, chegar ao fim do desmatamento ilegal na Amazônia em 2030, restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares, recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas e integrar 5 milhões de hectares de lavoura, pastagem e pecuária.